MPT deverá instaurar denúncia sobre verbas rescisórias a cerca de 150 ex-empregados de aeroporto
Procurador-chefe do MPT em Alagoas, Rafael Gazzaneo, encerrou procedimento de mediação após a Aena Brasil e o Consórcio Voa Nordeste não chagarem a um consenso;
O Ministério Público do Trabalho (MPT) deverá instaurar denúncia, nos próximos dias, para investigar a falta de pagamento de verbas rescisórias a cerca de 150 ex-empregados que trabalharam nas obras de ampliação do aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió. Na última quinta-feira (20), o procurador-chefe do MPT em Alagoas, Rafael Gazzaneo, encerrou um procedimento de mediação após a Aena Brasil e o Consórcio Voa Nordeste não chagarem a um acordo.
Ainda nesta semana, o procurador-chefe Rafael Gazzaneo determinará a instauração de Notícia de Fato, que será encaminhada a um dos procuradores do MPT para investigar a falta dos pagamentos e apurar responsabilidades pelas irregularidades identificadas. Gazzaneo encerrou a mediação considerando a frustração das negociações, o prejuízo sofrido pelos trabalhadores e os limites impostos à atuação do MPT no próprio procedimento de mediação.
Na última audiência realizada, a Aena Brasil – responsável pela gestão de 17 aeroportos no país, incluindo o aeroporto de Maceió – afirmou que o Consórcio Voa Nordeste é o empregador e o responsável pelo pagamento das rescisões contratuais aos trabalhadores. A Aena frisou que o consórcio teria deixado de cumprir cerca de R$ 45 milhões do contrato firmado e que existe um seguro-garantia para o caso de descumprimento do contrato, mas que a referida garantia não pode ser usada para o pagamento das rescisões.
Já o Consórcio Voa Nordeste - contratado pela Aena para realizar as obras de reforma e ampliação no aeroporto de Maceió - reafirmou que existiria um valor retido pela Aena e disse que disponibilizou os Termos de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRTCs) e as guias do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a todos os trabalhadores que procuraram o consórcio. Questionado pelo procurador Rafael Gazzaneo se haveria algum interesse em acordo ou proposta para os trabalhadores, enquanto empregador e responsável primário, o Consórcio Voa Nordeste informou que teria interesse, mas que não possui recursos para quitar as verbas rescisórias.
O MPT havia instaurado procedimento de mediação para buscar o pagamento das verbas rescisórias dos ex-empregados, após intervenção do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar. A PM foi acionada no dia 11 deste mês, após os trabalhadores obstruírem o acesso ao aeroporto de Maceió em protesto contra as demissões em massa e a falta de pagamento de direitos trabalhistas.
Em uma das audiências conduzidas pelo MPT, ex-empregados afirmaram que a situação dos trabalhadores é penosa, pois alguns são de outros estados e estão sem recursos para suas necessidades básicas. Os trabalhadores fizeram um apelo para que a Aena Brasil busque, primeiro, resolver a situação dos trabalhadores, para posteriormente solucionar problemas junto ao consórcio.
Últimas notícias
Agentes do DMTT abordam veículo com descarga alterada na Ponta Verde
Dia do Evangélico é comemorado em noite de fé e adoração no Louva Palmeira 2025
Natal de Todos Nós: Maceió acende luzes do Natal de Todos Nós neste sábado (6)
Arapiraca celebra produção de audiovisual com IV Festival de Cinema
WS Estofados lança rifa solidária para reconstrução de fábrica incendiada em Arapiraca
Prefeitura anuncia abertura das matrículas escolares em Matriz de Camaragibe
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Motociclista perde controle e cai na AL 220, em Limoeiro de Anadia
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
