Em sigilo, PGR pede que STF anule investigação da PF que envolve Lira

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que anule toda a investigação da Polícia Federal sobre desvios na aquisição de kits de robótica por prefeituras de Alagoas, que envolveu o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Na manifestação sigilosa, a PGR argumentou que havia indícios da relação de Arthur Lira com os fatos investigados desde a fase inicial do inquérito. Por isso, opina a Procuradoria-Geral da República, a apuração deveria ter se iniciado perante o STF, e não na primeira instância. O pedido é assinado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.
O posicionamento da PGR foi apresentado para fundamentar o julgamento de um recurso apresentado pela defesa de Lira no mês passado para tentar derrubar a investigação. Esse recurso paralisou a apuração por ordem do ministro Gilmar Mendes. O processo vai ser julgado no plenário virtual do Supremo a partir de sexta-feira (11).
Entenda o caso:
- A defesa do parlamentar alegou ao Supremo que o inquérito não poderia ter tramitado em primeira instância porque tinha o objetivo de investigar Arthur Lira.
- A PF, entretanto, não investigou Lira enquanto o inquérito estava em primeira instância. O caso foi enviado ao Supremo em junho, somente após ter encontrado anotações de supostos pagamentos de despesas a Lira. Esses documentos seriam os primeiros indícios concretos surgidos contra o parlamentar. Antes disso, o inquérito não trazia menções a uma possível participação do deputado nos fatos.
- A manifestação da PGR demonstra concordância com a tese da defesa de Arthur Lira. Autora do pedido de anulação, Lindôra Araújo já se manifestou em favor de Lira em outras ocasiões nas investigações em tramitação no STF.
- O entendimento adotado pelo STF em julgamentos anteriores tem sido de que a simples menção a uma autoridade com foro privilegiado não é suficiente para que uma investigação seja enviada ao tribunal. De acordo com os casos julgados, é necessário que surjam indícios da prática de crime envolvendo autoridade com foro, para justificar a mudança da competência.
- Caso o STF acolha o pedido da PGR, todas as provas obtidas na Operação Hefesto seriam anuladas, como as anotações citando Arthur Lira, a apreensão de dinheiro vivo e filmagens de entregas de dinheiro para um ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados.
Procurada, a defesa de Arthur Lira afirmou que não iria se manifestar sobre o assunto.
Últimas notícias

UPA do Benedito Bentes registra mais de 11,6 mil atendimentos no mês de maio

Moradores bloqueiam via pública do bairro Bebedouro por causa da falta d’água

Homem é preso após se masturbar perto de estudantes no município de Palmeira dos Índios

Polícia Militar divulga balanço das ações realizadas no mês de maio no Agreste alagoano

Homem dá tapa no rosto de criança, em BH, e diz que pensou ser bebê reborn

Avó de jovem trans morta por serial killer revela que vítima morreu ‘cheia de sonhos’
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
