‘É um recado claro que a violência será combatida’, diz presidente da FAF após banimento de torcida do CSA
Presidente afirmou que irá colaborar com o Ministério Público
O presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Júnior Beltrão, repercutiu nesta quarta-feira (9) a decisão do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) de banir a torcida organizada da Mancha Azul dos estádios por 6 meses. Em sua visão, a deliberação servirá para combater a violência.
Em suas palavras, o representante da categoria afirmou lamentar os atos cometidos pelos torcedores, alegando não ser este o ambiente representado pelo futebol.
“A gente lamenta, o ambiente de futebol não é um ambiente para a violência, é um ambiente para a diversão, ter o lazer, estar com os nossos filhos. E a violência não tem nada a ver com o futebol”, disse.
Completando o seu raciocínio, Júnior demonstrou estar favorável com a decisão proposta pela Justiça.
“A gente fica triste, lamenta o fato, mas deixa claro que a punição que foi pedida do MPE/AL não faz referência a uma torcida A ou torcida B, é para quem comete atos de violência. Se hoje foi a torcida Mancha Azul, ela está sendo punida. Se amanhã outra torcida cometer [atos de violência], ela também será punida. É um recado claro que a violência será combatida”, afirmou.
Ainda de acordo com Júnior Beltrão, a FAF irá se reunir com o MPE/AL para discutir a questão da violência nos estádios de futebol, encontro este marcado para acontecer no fim do mês.
O CASO
Após recomendação do MPE/AL, a FAF decidiu banir a torcida organizada Mancha Azul por seis meses de todos os estádios do país. A decisão foi expedida na manhã desta quarta-feira (9).
O motivo da suspensão foi a agressão do torcedor do CRB, Symey Araújo, o crime aconteceu na última quarta-feira (2), no bairro da Jatiúca, em Maceió. Até o momento, a vítima está internada em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE).
Está proibida a entrada, nos estádios, de objetos que levem o nome da Mancha Azul, sejam camisas, bonés, acessórios, faixas ou instrumentos musicais. Além disso, os integrantes da organizada não podem ficar no entorno no raio de cinco quilômetros dos estádios durante os jogos.
O despacho foi feito pela promotora de Justiça Sandra Malta, do Juizado do Torcedor. No entanto, ainda falta comunicar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) da decisão.