Polícia

Delegado defende banimento permanente de organizadas envolvidas em atos de violência

Grupo de trabalho da Segurança Pública e MP estuda medidas necessárias para próximo passo

Por 7Segundos com TV Pajuçara 10/08/2023 15h03 - Atualizado em 10/08/2023 15h03
Delegado defende banimento permanente de organizadas envolvidas em atos de violência
Delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Eduardo Mero - Foto: Ascom/PC

O ano de 2023 tem sido marcado pelos recorrentes atos de violência entre integrantes de torcidas organizadas dos principais times alagoanos, CRB e CSA. Por conta desses casos, o Ministério Público de Alagoas (MP-AL) recomendou a suspensão temporária destes grupos, que foi acatada pela FAF (Federação de Futebol Alagoano) nesta semana.

Entretanto, o posicionamento da Polícia Civil vai além e defende abertamente o banimento permanente das organizadas que estiveram envolvidas em tais crimes. Em entrevista à TV Pajuçara, o delegado-geral adjunto, Eduardo Mero, disse que existe um grupo de trabalho da Segurança Pública e do MP que estuda as medidas necessárias para esse próximo passo.

“As investigações [da PC] estão em andamento e devem ser concluídas em breve, com o desfecho de todos os casos e identificação dos autores. É uma ação dupla, tanto do ponto de vista criminal, quanto do administrativo. Existe uma verdadeira guerra entre essas torcidas, um ato violento vai gerar uma revanche do rival”, explicou.

Segundo Mero, o trabalho investigativo confirmou o envolvimento das cúpulas destas organizações, compreendendo que não foram atos isolados por parte de alguns membros, mas sim algo institucionalizado, provocado e fomentado pelos próprios líderes. “Essas torcidas não podem mais existir em Alagoas, para que as famílias possam continuar indo ao estádio e entorno sem riscos”.

O delegado-geral adjunto ainda lamentou a deturpação das organizadas, que, como diz, têm o objetivo de confraternizar e torcer. “Hoje, elas se tornaram verdadeiras facções e pensam muito mais nas ideologias próprias, do que no próprio clube. Um simples torcedor pode ser vítima só por estar usando uma camisa do adversário”.