Bienal: estudantes da rede estadual têm trabalhos divulgados em publicação científica da UFAL
Três projetos foram selecionados para a compilação “Ciência na Escola para o Desenvolvimento Sustentável”, lançada nessa quarta-feira (16)

Estudantes e professores das escolas estaduais Professor Loureiro, de Murici, e Professor Theotônio Vilela Brandão, de Maceió, tiveram os projetos publicados em uma compilação científica da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O lançamento da coletânea aconteceu nesta quarta-feira (16), em cerimônia no estande da editora da universidade, a Edufal, na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas – que segue até o próximo domingo (20), no Centro de Convenções de Maceió.
Composta por dez cadernos, a compilação “Ciência na Escola para o Desenvolvimento Sustentável” tem três trabalhos da rede estadual de ensino: “Experimentos de Física de Baixo Custo”, da Escola Estadual Professor Loureiro, “Charta – Embalagens de Papel Semente Produzidas a partir de Papel Reciclado e Fibra da Casca do Coco” e “Physesnsi – Sinta a Natureza em Você – Elaboração de Produtos Cosméticos a partir da Casca do Cajueiro”, ambos da Escola Estadual Theotônio Vilela Brandão.
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Os projetos já haviam sido apresentados no 1º Simpósio Intermunicipal de Ciência e Tecnologia na Educação Básica (Sinpete), realizado pela UFAL, em outubro de 2022, durante a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Todos os textos foram redigidos pelos estudantes, tendo seus professores como orientadores.
Pesquisa de qualidade
Professores e estudantes presentes ao evento falaram sobre seus projetos e evidenciaram a importância de ter os mesmos divulgados em uma compilação científica de um simpósio vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Professor de física e orientador do trabalho da Escola Professor Loureiro, Nelson Nunes diz que o projeto visava mostrar como a física está no cotidiano do aluno e pode ser ensinada de forma lúdica. “Usamos materiais de baixo custo, como fios, canudos e panelas, para a elaboração de experimentos que demonstraram, na prática, conceitos como convexão térmica, eletroestática, condutividade elétrica e queda livre”, recorda o professor.
Aluno da 2ª série do ensino médio, Ângelo Alessandro da Silva foi um dos expositores do projeto e se mostrou orgulhoso com o resultado alcançado. “O Sinpete foi uma experiência incrível, pois, enquanto estudantes, tivemos a chance de aprendermos uns com os outros. Estou muito feliz pelo nosso trabalho ter sido um dos selecionados para a compilação”, afirma o garoto.
Orientadora dos projetos da Theotônio Vilela Brandão, a professora de química Tatiane Omena ressalta que a participação em eventos como o Sinpete são uma oportunidade de evidenciar a pesquisa desenvolvida na rede estadual. “É muito importante para nós, enquanto rede estadual, termos essa aproximação com a UFAL. E termos dois trabalhos presentes na coleção mostra que a iniciação científica na escola pública é possível. Afinal, temos muitos estudantes criativos que, quando se engajam em ações como esta, apaixonam-se pela ciência”, destaca a professora.
Manoella Svartman e Eryk Donaldson Moura participaram dos projetos da Theotônio Vilela Brandão. Para eles, a experiência foi um divisor de águas em suas vidas. “A vivência que tive no Sinpete me transformou. É algo que recomendo para todo estudante”, revela Manoella, uma das autoras do trabalho sobre produção de cosméticos a partir das cascas do cajueiro. “A partir do meu envolvimento no projeto Charta, percebi quão importantes são a reciclagem e o reflorestamento e, por isso, sou muito grato”, complementou Erik.
Protagonismo
Também presentes à cerimônia, Sandra Vitorino e Artur Ferreira, titulares da 1ª e 7ª Gerências Especiais de Educação (GEEs), respectivamente, agradeceram à universidade pela oportunidade de divulgação das ações de iniciação científica da rede estadual.
“Recentemente, a Theo Brandão, como é carinhosamente chamada, também venceu o Encontro Estudantil de Alagoas com um projeto sobre a produção de cerâmicas artesanais à base das cascas do sururu. Isso mostra que temos pesquisa de qualidade e com preocupação social nas nossas escolas”, observa Sandra. “Sou fruto da Educação Pública e, para mim, é uma alegria ver o reconhecimento da pesquisa de nossas escolas. Em 2022, tivemos uma unidade presente no Sinpete, e nossa meta é mobilizar mais instituições e municípios para a edição do ano que vem”, adianta Artur.
Na ocasião, o reitor da UFAL, Josealdo Tonholo, parabenizou as escolas e estudantes cujos trabalhos foram escolhidos para a coleção, anunciando novidades para a Sinpete 2023. “Ano passado, tivemos apenas os municípios de Maceió, Barra de São Miguel e Murici marcando presença. Mas, em 2023, esse número subiu para 20. Teremos, portanto, um megaevento”, garante o reitor.
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