Turistas devem movimentar cerca de R$ 2 bilhões em Alagoas na alta temporada
Previsão é de que o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares receba mais de um 1 milhão de passageiros no período
As estimativas realizadas pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur) indicam que a alta temporada (2023/24) será a mais promissora já registrada em Alagoas. Espera-se que sejam movimentados cerca de R$ 2 bilhões a partir do fluxo de turistas que chegarão ao Destino pelo Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares e de cruzeiristas, que desembarcarão no Porto de Maceió.
“A temporada 23/24 será promissora, digo até que a maior que já constatamos no estado”, comemora a secretária de Turismo, Bárbara Braga.
Na última temporada 22/23, Alagoas alcançou a marca de 850 mil pessoas no fluxo total de passageiros, somente considerando dados publicados pela AENA, empresa gestora do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Isso representou uma injeção econômica de pelo menos R$ 1,7 bilhão na economia estadual.
A previsão para esta temporada, que começa em dezembro de 2023 e segue até março de 2024, é de um fluxo de mais de 1 milhão de passageiros e movimentação financeira de R$ 1,9 bilhão, resultado do incremento de 41,3% na malha aérea, por meio de voos extras, em comparação ao período anterior.
“No segundo semestre deste ano, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares receberá um total de 43 voos fretados, sendo 41 semanais e dois específicos para o período de réveillon, captados com investimentos do Governo do Estado de Alagoas, por intermédio da Setur, aplicados em parceria com diversas operadoras de turismo”, destaca a secretária.
O estado fechou a última temporada com 75 mil cruzeiristas, entre os meses de dezembro de 2022 e abril deste ano. Ao todo, foram 7 navios diferentes em 20 paradas no estado, que impactaram a economia alagoana em cerca de R$ 44 milhões.
“Um turista que chega por navio, consegue passar o dia aqui e gasta uma média de R$ 606. Como temos vários destinos próximos a Maceió, como a Praia do Francês, ele consegue se deslocar e conhecer um pouco mais do nosso estado. Ao ver tanta beleza natural, ele depois planeja uma viagem em família, voltando para ficar hospedado”, revela a secretária executiva do Turismo, Marília Herrmann.
Segundo a Setur, para o cálculo do impacto econômico, são usados como base os dados da Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros, que estimam que cada turista a bordo de um navio gera um impacto financeiro de cerca de R$ 606 no local de parada.
Hotelaria
Na hotelaria, Alagoas conta atualmente com mais de 45 mil leitos, gerando cerca de 40 mil empregos formais, por meio de todos os segmentos econômicos ligados ao turismo.
E o setor está em expansão. Segundo a Setur, 16 hotéis estão em construção, que vão resultar na criação de cerca de 4 mil novos leitos até 2024.
“A gente tem essa qualidade de hotelaria, isso ajuda muito. Alagoas tem ainda uma das coisas mais importantes que são as belezas naturais e, aliado a elas, a parte de segurança e da infraestrutura. Então acredito que o turismo em Alagoas ainda vai crescer muito”, avalia a diretora comercial da Masterop operadora, Carol Feitosa, destacando que a empresa, no mês passado, bateu o recorde de vendas em 19 anos de atuação do mercado.
O secretário de Cultura e Turismo de Piranhas e presidente da Instância de Governança dos Cânions do São Francisco, Eduardo Clemente, também está otimista com a proximidade da alta estação. Durante todo o ano passado, ele revela que a região turística recebeu mais de um milhão de visitantes.
“A tendência é que a gente aumente cada vez mais. Estamos com uma infraestrutura turística muito boa; é uma das melhores do estado: na hotelaria, na alimentação, em toda a cadeia produtiva do turismo”, aponta Clemente.
Em julho, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares teve sua capacidade operacional elevada em 70%, segundo informou a AENA, que promoveu obras de reforma e ampliação no equipamento.
“Já na temporada 22/23, tivemos 29 voos extras semanais provenientes de 23 mercados emissores diferentes, representando um aumento de 35,3% na malha aérea de voos extras do ano anterior – o maior já registrado no Estado”, acrescenta Bárbara Braga.