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Secretário-geral da ONU condena 'violações claras do direito humanitário' em Gaza

O abastecimento de combustível da ONU em Gaza "vai acabar em uma questão de dias"

Por OZH Mundo 24/10/2023 12h12
Secretário-geral da ONU condena 'violações claras do direito humanitário' em Gaza
ONG acusa Israel de violar lei humanitária internacional ao usar arma de fósforo branco em Gaza - Foto: Reprodução

O chefe da ONU, António Guterres, condenou nesta terça-feira (24) perante o Conselho de Segurança as "claras violações do direito humanitário" em Gaza e exigiu um cessar-fogo "imediato" para aliviar o "sofrimento épico" da população de Gaza.

"Nenhuma das partes em conflito está acima do direito humanitário internacional", disse Guterres, apelando a um "cessar-fogo humanitário imediato" para "tornar a entrega de ajuda mais fácil e segura e facilitar a libertação dos reféns", em um debate sobre a situação no Oriente Médio liderado pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, cujo país preside o Conselho de Segurança em outubro.

O chefe da ONU também exigiu um "cessar-fogo humanitário imediato" para aliviar o "sofrimento épico" da população de Gaza, que neste fim de semana começou a receber ajuda humanitária, "uma gota em um oceano de necessidades", lembrou.

"A população de Gaza precisa de um fornecimento contínuo de ajuda a um nível que corresponda às enormes necessidades. Essa ajuda deve ser entregue sem restrições", afirmou, no 78º aniversário da criação das Nações Unidas.

O abastecimento de combustível da ONU em Gaza "vai acabar em uma questão de dias", o que seria "outro desastre" porque sem combustível a ajuda não pode ser entregue, os hospitais não têm eletricidade e a água potável não pode ser purificada ou bombeada, lembrou.

Desde os ataques do grupo palestino Hamas, em 7 de outubro, em território israelense, que provocaram cerca de 1.400 mortos, a maioria civis, e cerca de 200 reféns, o Exército israelense sitiou e bombardeou a Faixa de Gaza, o que provocou, segundo as autoridades locais, a morte de mais de 5.000 pessoas, incluindo mais de 2.000 crianças.