Justiça condena médico que deformou rostos de pacientes em Goiás
Profissional foi condenado a 9 anos e 10 meses de prisão pelo crime de lesão corporal

O Tribunal de Justiça de Goiás condenou o médico Wesley Noryuki Murakami a 9 anos e 10 meses de prisão por causar lesões graves em oito mulheres e um homem que realizaram procedimentos estéticos em uma clínica em Goiânia.
A maioria dos pacientes procurou a clínica de Murakami para realizar harmonização facial e, após o tratamento, ficou com o rosto deformado. As intervenções médicas aconteceram entre 2013 e 2018.
A CNN teve acesso à decisão judicial da 8ª Vara Criminal dos Crimes Punidos com Reclusão e Detenção da Comarca de Goiás. Uma vítimas, Fernanda Ferreira, declarou à Justiça que fez uma harmonização facial com o médico Wesley Noryuki Murakami, e logo após o procedimento, “o rosto estava inchado e desfigurado”. Em casa, com dores incessantes, não conseguia sequer se alimentar.
Procurado pela paciente, o médico afirmou que o desconforto era normal e que, em poucos dias, as dores diminuiriam, assim, como o inchaço.
Fernanda chegou a ir duas vezes ao consultório do médico, que aplicou massagens no rosto dela e reiterou que o inchaço sumiria com o tempo. Após 45 dias sem solução para o problema, ela procurou uma nova médica, que relatou inúmeras irregularidades no procedimento. Um laudo comprovou edema e endurecimento da região malar.
Todos os pacientes de Wesley Noryuki Murakami disseram à Justiça que o médico não pedia exames preliminares antes dos procedimentos e que, diante dos relatos de dores intensas e inchaços no rosto, a resposta era sempre a mesma, que era preciso ter paciência e que os sintomas sumiriam em breve.
Na decisão, o juiz Luciano Borges da Silva argumentou que as vítimas tiveram a integridade física ofendida, gerando deformidades permanentes, em razão da conduta ilícita praticada pelo médico.
O magistrado decidiu que o Wesley Noryuki Murakami poderá recorrer da decisão em liberdade, uma vez que não havia requisitos legais para a decretação da prisão preventiva.
A CNN entrou solicitou um pedido de entrevista com o médico, mas até o momento da publicação desta matéria não houve retorno.
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