Secretária Jó Pereira participa de lançamento de aplicativo de combate à violência contra crianças e adolescentes
Titular da Secretaria de Educação de Maceió destacou que ferramenta “Aprender e Proteger” deve fortalecer rede de proteção e cuidado às crianças e adolescentes de Alagoas

A secretária de Educação de Maceió, Jó Pereira, participou do seminário de lançamento do aplicativo Aprender a Proteger, nesta quarta-feira (13), na Escola Superior da Magistratura do Estado de Alagoas (Esmal), em Maceió. A ferramenta visa auxiliar os profissionais da educação e os agentes do sistema de garantia de direitos a identificar e encaminhar casos de violência contra crianças e adolescentes no estado de Alagoas.
O aplicativo foi desenvolvido pelo Núcleo de Defesa da Infância e Juventude, do Ministério Público Estadual de Alagoas, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Conselho Estadual de Educação de Alagoas, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e secretarias municipais e estadual de Educação de Alagoas.
Durante o evento, Jó Pereira afirmou que a ferramenta é a junção de forças e trabalho integrado das instituições e entidades, que deve fortalecer a rede de proteção infanto-juvenil do estado.
“Que esse aplicativo, esforço conjunto dos dirigentes municipais de educação, dos servidores, tenha como resultado o fortalecimento da nossa rede de proteção. É um desafio nos dias de hoje, onde infelizmente há uma ausência de integração das políticas públicas, que de tal forma, é quase hercúlea a missão de tentar integrá-las para gerar benefícios maiores. Nós, seres humanos, precisamos de educação, saúde, lazer, segurança, assistência social, cultura. Na área pública, a integralização das políticas públicas é fundamental para que a gente possa fortalecer e costurar todos os pontos dessa rede de proteção e cuidado das nossas crianças e adolescentes. Então, esse seminário representa uma oportunidade crucial para compartilhamos conhecimentos e de aproximação, de colocar o que importa em primeiro lugar: proteger nossas crianças e adolescentes”, pontuou.
A secretária de educação de Maceió concluiu, reforçando a importância do aplicativo Aprender e Proteger. "Que possamos sair daqui com a missão de fazer acontecer, usar o aplicativo o máximo que pudermos nas nossas redes, escolas, no dia a dia. Porque muitas vezes, quando a violência acontece, ela nos fere tanto que nos paralisa e muitas vezes não sabemos o que fazer. O aplicativo vem para nos dar apoio, caminhos e a condição de saber quem e como procurar, saber quais as alternativas e isso é extremamente importante”, enfatizou.
App Aprender e Proteger
A ferramenta está disponível de forma gratuita para sistemas Android e IOS. O aplicativo vai auxiliar os profissionais de educação, de saúde e outros que integram o sistema de garantia de direitos, a identificar os sinais de violência e adotar as providências necessárias para a proteção da criança, evitando assim a sua revitimização.
O promotor de Justiça e coordenador do Núcleo de Defesa da Infância e Juventude, Cláudio Malta, explica que o aplicativo surgiu como uma alternativa de ação nas escolas para que os profissionais possam entender a gravidade do momento em que o país vive.
“O Brasil vive uma epidemia de violência contra criança e adolescente. E a gente não pode fechar os olhos para essa realidade, porque ela não interfere só na vida deles, ela prejudica também o desenvolvimento educacional. Então, o sistema de educação precisa incorporar essa causa como uma bandeira de luta. E esse aplicativo é uma ferramenta de apoio e auxílio para que os agentes de garantia dos direitos possam saber identificar os sinais de violência, fazer uma escuta qualificada, fazer encaminhamentos para a rede de proteção”, afirmou.
Responsabilidade de todos
Uma das idealizadoras do aplicativo, a consultora em educação, Rita Ippolito, que é também assessora especial da Semed, ressaltou a junção de esforços das entidades para que essa ferramenta se concretizasse.
“As instituições são importantes, mas as pessoas que fazem as instituições também são importantes, porque elas têm a coragem e a ousadia de romper as fronteiras das instituições para receberem propostas. Então, queria agradecer à presidente da Undime em exercício naquele momento, Noêmia Barroso, que acolheu a proposta e nos deu coragem e forças. A proteção da criança e do adolescente não deve ser algo de professores isolados, é uma responsabilidade de todos”, afirmou.
Noêmia Barroso, secretária-adjunta da Semed, também participou do evento, juntamente com outros profissionais da Secretaria Municipal de Educação de Maceió, entre eles Maria Vilma dos Santos, subsecretária de Gestão Pedagógica e Luciano Amorim, cooordenador de Educação em Direitos Humanos e Cidadania.
A solenidade contou também com a presença do subprocurador-geral do MPAL, Lean Araújo; do promotor de Justiça e diretor do CAOP, José Antônio Malta Marques; da promotora de justiça, Adézia Lima de Carvalho; do promotor da infância e juventude, Gustavo Armes; da vice-presidente da Undime-AL e secretária de educação de Paripueira, Laura de Cerqueira; da presidente do CEDCA, Isabela Larisse; da representante do CEE e Uncme, Marly Vidinha; de Verônica Bezerra (Unicef); da presidente da Associação Alagoana de Educação, Ana Deyse; da representante da Secretaria Estadual de Educação, Sueleide Barbosa, entre outros.
O Seminário
Ao longo do dia, o público participou de palestras sobre o reflexo da violência doméstica no ambiente escolar, com Corinne Sciortino, do Unicef; O papel social da escola no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescente, com Verônica Bezerra (Unicef); e Matrícula a qualquer tempo: busca ativa escolar e seus desdobramentos, com Ana Paula Maia, especialista em Educação (Asserte).
Os presentes aprenderam, ainda, a usar o aplicativo Aprender e Proteger como estratégia formativa para os profissionais da educação, com Cláudio Malta e Rita Ippolito.
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