Saúde

Psicólogos da Atenção Básica discutem saúde mental e os estigmas da hanseníase

Encontro reforçou a necessidade do acolhimento psicológico para evitar evasão no tratamento da doença

Por 7Segundos com Assessoria 30/01/2024 20h08
Psicólogos da Atenção Básica discutem saúde mental e os estigmas da hanseníase
A reunião fez parte da programação da campanha Janeiro Branco e Roxo. - Foto: Ascom SMS

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu, na manhã desta terça-feira (30), um encontro entre psicólogos da Atenção Básica para discutir saúde mental e hanseníase. Promovida pela Coordenação Técnica de Atenção Psicossocial (CTAP), a ação promoveu um bate-papo sobre a doença e o acolhimento psicológico e emocional, a fim de evidenciar a importância dessa rede de apoio aos pacientes.

A iniciativa fez parte da campanha do Janeiro Branco e Roxo, dentro do mês definido para conscientização e combate a estes problemas. Com o encontro, foi destacada a necessidade de uma prestação de serviço conjunta na Atenção Primária.

Entre os pontos abordados, foi reforçado o fato de, além de enfrentarem transtornos pelas lesões da hanseníase, pessoas acometidas pela doença também sofrem com os reflexos dela no dia a dia, como baixa autoestima e abalo emocional, devido ao afastamento das pessoas por preconceito.

Dessa forma, foi indicado que a rede de apoio psicológico e acolhimento nas unidades básicas podem proporcionar uma diminuição no absentismo e abandono durante o tratamento.

Clodis Maria Tavares, palestrante e representante da organização não-governamental Morhan (Movimento de Reiteração dos Acometidos pela Hanseníase), fez uma abordagem sobre a doença e compartilhou sua experiência profissional com pessoas que vivem com hanseníase, relatando a importância de existir uma rede de apoio psicológico.

“Diante do estigma e do preconceito, muitas pessoas acabam por se retrair, além de desistir do tratamento por vergonha e sentirem que as pessoas se afastam delas. Com uma rede de apoio na atenção básica e o cuidado em fortalecer o acolhimento emocional, podemos diminuir a evasão e incluir mais pessoas no tratamento, seguindo as medidas adequadas até obter a cura”, destacou Clodis Maria Tavares.

A psicóloga Silvana Mendonça, da Coordenação Técnica de Atenção Psicossocial da SMS, coordenou o encontro, a fim de fomentar a atuação da psicologia na saúde mental das pessoas diagnosticadas com hanseníase.

“É importantíssimo existir um acolhimento e evidenciar que a escuta qualificada é fundamental para quem é diagnosticado com hanseníase e outras doenças. O poder da rede de apoio proporciona melhorias no bem-estar emocional e colabora para as pessoas lutarem contra a baixa autoestima e inseguranças. Queremos reforçar, junto aos psicólogos, o quanto é importante seu papel no apoio a essas pessoas para garantirem a adesão ao tratamento, com todo esclarecimento necessário”, destacou.