Lula diz que governo vai 'jogar pesado' contra o crime organizado e 'humanizar' combate aos pequenos delitos
Presidente disse que as organizações criminosas viraram uma indústria "maior do que a General Motors, Volkswagen e Petrobras", e está presente em diversas instâncias da sociedade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que o governo quer "humanizar o combate ao pequeno crime" e "jogar muito pesado" contra o que chamou de " indústria internacional do crime organizado". Ao afirmar que é preciso "cuidar dos usuários [de drogas]", Lula apontou que os mais humildes estão "cada vez mais visíveis", virando "zumbis" e que são a "ralé dos drogados", enquanto os "grã-finos" lidam com milhões e são mais "refinados".
— O problema não é de droga, o problema é saber como o país rico vai cuidar dos seus usuários. Porque as pessoas pobres estão metidas no crack, todo mundo sabe aonde eles estão. Eles não se escondem, cada vez mais viram zumbis, cada vez mais estão visíveis. Isso que a gente poderia chamar de "ralé dos drogados". Agora, os grã-finos, que usam as drogas químicas, cocaína refinada, esses não estão no lugar do crack, na periferia, esses estão mais refinados. Esses lidam com milhões — afirmou, completando:
— A gente quer ver se a gente consegue humanizar o combate ao pequeno crime, as pessoas mais humildes, e jogar muito pesado, jogar muito pesado, eu não sei como [...] como é que a gente vai jogar pesado para enfrentar a chamada indústria internacional do crime organizado. Essa tem avião, navio, iate, indústria, ela tem tudo, poderes em muitas decisões de governo, partido, países, e essa que nós temos que enfrentar — afirmou.
Lula deu as declarações no Palácio do Planalto durante um evento de balanço das ações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no primeiro ano do governo. O ministro Flávio Dino está deixando a pasta para assumir como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente afirmou ainda que o crime organizado virou uma indústria "maior do que a General Motors, Volkswagen e Petrobras" e que está presente em diversas instâncias da sociedade, como o judiciário, a política e entre os empresários.
— O crime organizado hoje não é uma coisa fácil de combater, porque o crime organizado virou uma grande indústria multinacional. Maior do que a General Motors, Volkswagen , maior que a Petrobras, é uma coisa muito poderosa. E o crime organizado está na imprensa, está na política, no judiciário, no futebol, nos empresários, estão em tudo quanto é lugar do planeta Terra.
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