Familiares de agente socioeducativo, morto por PM em Marechal Deodoro, pedem justiça
Analyse, viúva da vítima, conta que tentou informar ao sargento que seu marido também seria policial, mas não foi o bastante para conter a reação desproporcional do PM
A família de Márcio Alves de Souza, Agente Socioeducativo que foi morto a tiros no sábado (13), no município de Marechal Deodoro, concedeu entrevista ao Rede Antena 7, nesta terça-feira (23), e relatou como aconteceu a tragédia. Mãe, irmã e a viúva da vítima aproveitaram para pedir justiça pelo agente.
O Agente Socioeducativo de 46 anos teve sua vida ceifada de forma violenta, segundo testemunhas, pelo sargento da Polícia Militar (PM), Alexander Rafael dos Santos. Márcio tentou apartar uma discussão, porém, não obteve sucesso. Analyne Aparecida, viúva da vítima, explicou como se deu toda a situação: “A gente estava em casa, aí ele escutou um barulho. Quando chegou lá, estava os dois policiais falando com os pedreiros lá” diz.
Analyse relatou que ao se aproximar da confusão, Márcio comunicou aos policiais que eles deveriam solicitar autorização de todos para poder construir o muro, razão pela qual estaria havendo o debate entre os policiais e os pedreiros. Foi quando o sargento da PM reagiu de maneira agressiva, xingando a vítima e o agredindo. Segundo conta Analyse, ao cair no chão, após levar um tapa do PM, seu marido foi alvejado.
A viúva conta, ainda, que tentou informar ao sargento que seu marido também seria policial, mas não foi o bastante para conter a reação desproporcional do PM, que, segundo ela, ainda a ameaçou com a arma.
Márcio Alves de Souza levou cinco tiros e não resistiu aos ferimentos, morrendo no local. A vítima chegou a ser socorrida, porém, já estava sem vida quando deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Francês.
A irmã do agente morto pelo PM, Sandra Souza, fez um apelo para que as autoridades competentes prendam o suspeito. Ela diz que a família quer apenas justiça por Márcio. A mãe da vítima, muito emocionada, também lamentou a perda de seu filho, bem como a sua ausência.
O acusado foi preso pelo 17º Distrito Policial, no dia do crime, mas foi liberado após ser ouvido.