Polícia

Mais da metade dos homens vítimas de homicídio por arma de fogo em AL possuíam antecedentes

Em relação aos casos registrados na Região Metropolitana de Maceió, o quantitativo é cerca de 70%

Por 7Segundos, com Assessoria 08/05/2024 13h01
Mais da metade dos homens vítimas de homicídio por arma de fogo em AL possuíam antecedentes
Em 2023, a quantidade de homens mortos desta maneira foi de 100, sendo 80% do total (125) - Foto: Ascom

Dados do Núcleo de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Neac/ SSP) revelam que 56,8% dos indivíduos que foram vítimas de homicídio por arma de fogo em Alagoas, no primeiro quadrimestre deste ano, possuíam antecedentes criminais. Segundo o levantamento, dos 285 homens mortos, 162 respondiam na justiça por pelo menos um crime.

No comparativo com os primeiros quatro meses de 2023, houve uma redução tanto no quantitativo absoluto, quanto no proporcional. No período, foram registrados 260 assassinatos causados pelo uso de revólveres e pistolas, sendo que 180 das vítimas tinham passagem. A quantidade representa 69,2% do total.

Já na Região Metropolitana de Maceió, o número de vítimas de arma de fogo que eram réus por cometimento de crimes chegou a 86 no 1º quadrimestre de 2024. Isso representa 69,9% do total de casos registrados no intervalo de tempo (123). Em 2023, a quantidade de homens mortos desta maneira foi de 100, sendo 80% do total (125).

Ainda de acordo com o Neac, os crimes que tinham sido mais cometidos pelas vítimas eram os de tráfico de entorpecentes e roubo. Ainda conforme os dados, 22,64% dos mortos eram egressos do sistema prisional. O secretário da Segurança Pública de Alagoas, Flávio Saraiva, disse que a maioria das mortes está relacionada aos confrontos entre organizações criminosas.

“São vítimas que integravam grupos criminosos que atuam, principalmente, na venda de drogas e a briga por mais espaço tem motivado essas ações criminosas. Quando saem da prisão, pelos diversos motivos que ensejem na liberação da carceragem, alguns deles voltam a cometer crimes e ficam ainda mais envolvidos nas organizações. Apesar dos serviços de ressocialização oferecidos pelo Governo, muitos infelizmente, não buscam mudar de vida e acabam mortos pelo ‘sistema’”, afirmou.

Flávio Saraiva relaciona a diminuição nos números registrados, a partir do comparativo do primeiro quadrimestre dos dois anos, ao trabalho da Força-Tarefa criada com foco no cumprimento de mandados judiciais.

“Temos atuado de forma integrada, sob coordenação do serviço de inteligência da SSP, para conter o avanço do tráfico de drogas ou qualquer outro tipo de crime em todas as regiões de Alagoas. A equipe conjunta tem realizado diversas operações para dar cumprimento aos mandados judiciais e também temos trabalho junto com a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social para acompanhar os reeducandos através do projeto Visita Solidária, permitindo assim que hajam não somente ações repressivas, mas também preventivas para que consigamos salvar ainda mais vidas”, disse o secretário da Segurança Pública.

Ele ainda enfatiza o investimento que tem sido feito pelo Governo de Alagoas em equipamentos e tecnologia no combate à criminalidade, que vem surtindo efeito. “Esta tem sido a gestão que mais investe em segurança pública e temos utilizado o Programa Coruja, inteligência investigativa, fazendo mapeamentos, equipamento o efetivo com instrumentos de qualidade para que consigamos ter uma ação mais eficiente em prol da população alagoana”, finalizou Flávio Saraiva.