Justiça

Mulher presa em operação do MP tem prisão preventiva convertida para domiciliar

Segundo o desembargador responsável pela decisão, a medida é para que a acusada fique em casa para cuidar do filho

Por Wanessa Santos 20/05/2024 12h12 - Atualizado em 20/05/2024 13h01
Mulher presa em operação do MP tem prisão preventiva convertida para domiciliar
Desembargador responsável pela decisão enfatizou que a medida não altera as acusações dos crimes os quais a mulher irá responder na justiça - Foto: MPAL

Hianne Maria da Costa Pinto, que foi presa na última quinta-feira (16) durante a Operação Maligno, acusada de integrar uma organização criminosa que fraudava licitações em Alagoas, teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar, em razão do filho, de apenas 2 anos. Segundo o desembargador responsável pela decisão, João Luiz Azevedo Lessa, a medida é para que Hianne fique em casa e possa cuidar da criança.

A Operação Maligno, do Ministério Público Estadual (MPE), com o apoio da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), cumpriu cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão. Com isso, foi descoberta e desmantelada uma organização criminosa que fraudava licitações e fazia lavagem de dinheiro em valores milionários. Além de Hianne, foi preso, ainda, seu esposo, o advogado Frederico Benigno Simões. Ambos são apontados como líderes da organização.

O desembargador responsável pela decisão enfatizou que a medida não altera as acusações dos crimes os quais a mulher irá responder na justiça. Segundo o magistrado, embora se tenha a impressão de que prisão domiciliar é sinônimo de liberdade, ainda assim, ela é uma prisão. Ele reforça, ainda, que a gravidade de seus crimes não está sendo negada.

O Porche


Durante a ação da Operação Maligno, um Porche foi apreendido na residência de Frederico Benigno Simões, esposo de Hianne. O veículo de luxo teria pertencido ao ex jogador de futebol, Daniel Alaves, atualmente, condenado por estupro na Espanha. O carro está avaliado em R$828 mil reais.

Hianne foi acusada pelo MP de auferir enriquecimento ilícito, disfarçado por emissão de notas fiscais de serviços sem a justificativa para tais movimentações financeiras. A organização criminosa movimentou cerca de R$240 milhões em contratos fraudados com prefeituras do estado.