Pacheco diz que 'taxa das blusinhas' é razoável e que decisão caberá ao plenário do Senado
Relator retirou taxação de 20% da proposta, que pode ser votado ainda nesta terça-feira pelos senadores
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (4) que o relator do projeto de lei que institui o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), tem autonomia para alterar o projeto, mas defendeu a taxação das compras internacionais de até US$ 50, retirada por Cunha do parecer.
"Parece de fato que se estabelecer uma taxação uniforme entre o que vem do exterior e o que é produzido aqui é algo que vem a calhar para aquilo que nós queremos que é o desenvolvimento da indústria nacional. Eu acho que uma taxação em relação aos mesmos produtos que vêm do exterior para que estabeleça essa justiça e esse equilíbrio com a indústria nacional é algo bastante razoável", afirmou o presidente do Senado.
Pacheco reiterou que respeita a posição do relator, mas afirmou que a decisão será tomada no plenário. "Em relação à taxação, ele (relator) se manifestou contrário. Óbvio que a gente respeita o entendimento do senador Rodrigo Cunha, mas a deliberação é do plenário do Senado Federal", pontuou Pacheco.
A análise do projeto no Senado está prevista para acontecer ainda nesta terça-feira. No início da tarde, a jornalistas, o relator afirmou que vai propor a retirada de alguns tópicos projeto, entre eles a taxação de compras internacionais.
A proposta originalmente trata do programa Mover, mas durante a tramitação na Câmara os deputados incluíram trechos que tratam de assuntos sem relação direta com o Mover, os chamados "jabutis". Caso os senadores concordem com a versão proposta por Rodrigo Cunha, o texto precisará voltar à Câmara e ser submetido à nova votação.