Alergia alimentar: quando o desconforto pode se tornar perigoso
Semana Mundial de Alergia tem como principal objetivo promover o debate sobre a importância do diagnóstico correto
Até o próximo dia 29 de junho é comemorada a Semana Mundial de Alergia, promovida pela Organização Mundial de Alergias (WAO - World Allergy Organization). A ideia é chamar atenção da população para a conscientização sobre o tema, com foco na alergia alimentar que, cada vez mais, tem acometido pessoas no mundo inteiro. A iniciativa também visa incentivar o debate sobre o diagnóstico errado, que tem ocorrido cada vez mais.
A alergia alimentar é uma resposta do nosso sistema imunológico a determinados alimentos considerados “estranhos” pelo corpo. Essa resposta pode levar a sintomas desagradáveis e, em casos graves, pode ser perigosa para a saúde. Quando uma pessoa é alérgica a um alimento, o sistema imunológico reage de forma instintiva à refeição.
Não é incomum, atualmente, conhecer alguém que possua essa condição. Cada vez mais crianças são diagnosticadas com alergia a algum tipo de alimento. Ao mesmo tempo em que, de fato, os casos de alérgicos alimentares verdadeiros estão aumentando no Brasil, cresce também o número de diagnósticos errados.
É importante ficar atento aos principais sintomas que indicam uma possível alergia alimentar. Muito embora não seja essa uma tarefa fácil, pelo fato de os sintomas variarem muito de um indivíduo para o outro, a dica é prestar atenção as reações do corpo após a ingestão de determinados alimentos. Em geral, os sintomas mais conhecidos podem incluir coceira na boca ou garganta, inchaço dos lábios ou língua, erupções cutâneas, diarreia, náusea, vômito, tontura, dor abdominal e dificuldade para respirar.
De acordo com Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), no estado, houve um aumento no número de crianças e adolescentes com redução na qualidade da alimentação que consomem, devido a alergias alimentares ou de falsos diagnósticos. Diante dessa situação, em maio desse ano, houve uma campanha para mostrar à sociedade a importância do diagnóstico correto e do tratamento para os quadros alérgicos.
No estado, o Hospital da Criança de Alagoas (HCA), em Maceió, é referência pediátrica nessa área de diagnóstico e tratamento de alergia alimentar. Os números da Saúde em Alagoas revelam que desde a criação do serviço voltado ao diagnóstico e tratamento de crianças com alergia alimentar no HCA, mais de 50 crianças já foram submetidas a diagnósticos correto em Alagoas.
A alergista e imunologista Flávia Valença, que atua no Hospital da Criança, fala sobre a importância de tratar desse assunto: “A prevalência da alergia alimentar está aumentando no mundo inteiro. As manifestações clínicas são cada vez mais graves. Esse período de conscientização é para que todos nós saibamos o que é a alergia alimentar”, explica.
A redação do 7Segundos entrevistou a nutricionista esportiva, especialista em modulação intestinal, Jaynne Almeida, para explicar melhor sobre os sintomas e tratamento desse tipo de alergia. Segundo a especialista, muitos casos de alérgicos alimentares têm aparecido em seu consultório. Alergia ao glúten, ao leite (mesmo sendo sem lactose, uma vez que se trata da alergia a proteína do leite da vaca), são os casos mais comuns, de acordo com Jaynne Almeida.
Questionada sobre os sintomas que mais acometem seus pacientes, a nutricionista revelou que as principais queixas são: azia, refluxo gastroesofágico, úlceras, gastrites leves e crônicas, constipação severa, disenteria constante, gases, flatulências, distensão abdominal, queda de cabelo, memória ruim, entre outros.
A especialista ressalta, ainda, que é fundamental buscar ajuda médica qualificada para um diagnóstico preciso. Só assim será possível realizar um tratamento eficaz, que diminua os sintomas e os desconfortos provocados pela alergia alimentar. Uma dessas formas de tratamento, segundo a nutricionista, seria uma dieta específica para cada caso. Entretanto, ela ressalta que é preciso identificar a causa da alergia, e, se de fato, é alergia ou não. Só assim será possível fazer a exclusão total ou temporária do alimento.
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