Polícia

Óleo quente e veneno: Polícia Civil investiga morte de gatos no Feitosa

Dois gatos morreram e um foi envenenado, mas sobreviveu

Por Saul Monteiro*, com Rede Antena7 10/07/2024 10h10 - Atualizado em 10/07/2024 10h10
Óleo quente e veneno: Polícia Civil investiga morte de gatos no Feitosa
Dois gatos morreram e um foi envenenado, mas sobreviveu - Foto: Reprodução / Rede Antena7

Um caso de maus-tratos a animais de estimação está sendo investigado pela Polícia Civil após dois gatos morrerem e um ser envenenado em condomínio no bairro Feitosa, parte alta de Maceió. As informações são da Rede Antena7.

O delegado responsável pelo caso, Robervaldo Davino da Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal (DCAPA), concedeu entrevista à Rede Antena7. Segundo ele, o primeiro assassinato ocorreu quando um gato foi morto com óleo quente há algum tempo. Recentemente, outro animal foi a óbito sob suspeita de envenenamento. O corpo dele está na Universidade Federal de alagoas (UFAL) para realização da necropsia.

No terceiro caso, a tutora do animal conseguiu perceber os sintomas de envenenamento a tempo e levou o gato para o veterinário. Ele foi salvo e passa bem. A substância retirada do corpo dele foi levada para análise, na qual será avaliada a presença de chumbinho, componente supostamente utilizado para assassinar o gato anterior.

Um item que pode ser peça-chave na resolução do caso é um bilhete escrito à mão e deixado na porta de um dos tutores antes dos assassinatos ocorrerem. Nele, o autor, que se mantém anônimo, reclama da presença de gatos no condomínio e diz: “É justo perder algumas noites de sono por causa de gatos miando a noite toda?” e também “Existe a necessidade de paz, o direito e o sossego de outras pessoas na opção de não criar animais”.

O delegado afirma que a polícia já está em posse de uma cópia do bilhete e intimou a pessoa em posse do material original para que este fosse entregue às autoridades. Até o momento, duas pessoas são suspeitas, mas as investigações continuam. 

Segundo Davino, a pena para maus tratos é de dois a cinco anos de reclusão, ampliada em até um terço na decorrência de morte, como é a situação deste caso.

*Estagiário sob a supervisão da redação.