Um professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) entrou na Justiça para tentar censurar uma matéria do Portal 7Segundos, que mostrava que uma pesquisa coordenada por ele é financiada pela Braskem, empresa apontada como responsável pelo afundamento de cinco bairros na capital alagoana.

Em dezembro do ano passado, ele deu uma declaração pública favorável à Braskem após o rompimento da mina 18. Pescadores relataram surgimento de manchas e mortalidade de peixes na Lagoa Mundaú. Na época, o professor descartou a ligação entre a empresa e o problema ambiental.

No entanto, foi descoberto que a Braskem mantinha contrato de prestação de serviço para que a UFAL fizesse o monitoramento ambiental da Lagoa Mundaú, para produção de dados técnicos sobre os meios físico e biótico da lagoa.

A reportagem do 7Segundos mostrava que ele era um dos integrantes da pesquisa e que recebe uma bolsa mensal no valor de R$ 4.200. A informação foi apurada através do Portal da Transparência e do Diário Oficial do Estado.

À época, a universidade reafirmou que os pesquisadores têm expertise e compromisso com a sociedade em suas pesquisas, e destacou que o fato da empresa ter sido obrigada a financiar pesquisas possibilitou um salto qualitativo para os laboratórios da UFAL.

O 7Segundos reitera seu compromisso com a apuração dos fatos e a imparcialidade da notícia e repudia qualquer tipo de censura. O grupo irá recorrer de decisões que tentem impedir o exercício do jornalismo, com objetivo de defender o direito à informação.