Acidentes

Bombeiros atendem 16 vítimas de ataque de caravelas em praias de Marechal e Maceió

Apenas nesta tarde de domingo foram seis atendimentos em Marechal

Por Patrícia Bastos com Jornal da USP 21/07/2024 16h04 - Atualizado em 21/07/2024 16h04
Bombeiros atendem 16 vítimas de ataque de caravelas em praias de Marechal e Maceió
Caravela-portuguesa possuem tentáculos que podem chegar a 30 metros - Foto: Talles Lisboa Vitória/Jornal da USP

Entre a manhã do sábado (20) e às 16h deste domingo, o Corpo de Bombeiros fez um total de 16 atendimentos a banhistas que ficaram feridas ao terem contato com caravelas, em Maceió e em Marechal Deodoro.

Somente na praia do Francês, na tarde deste domingo, sete pessoas receberam os primeiros socorros dos bombeiros após sofrerem queimaduras provocadas pelo animal marinho, entre elas duas crianças, de 4 e 11 anos. 

Já os casos registrados em Maceió se concentram em praias localizadas nas proximidades da AL-101/ Norte, como a de Guaxuma.

Os banhistas, no entanto, não sofreram queimaduras graves e não precisaram de atendimento hospitalar. Elas foram liberadas pelos bombeiros no local, após receberem recomendações sobre como cuidar dos machucados.

As caravelas-portugueses vivem em mar aberto e estão por todo mundo e o surgimento delas nas praias está associado a diferentes razões climáticas.

Saiba mais

Essas animais marinhos fazem parte do grupo dos cnidários, que incluem também as águas-vivas, anêmonas-do-mar e corais-moles. As caravelas, diferente do que as pessoas imaginam, não são um único ser vivo, mas uma colônia que está conectada anatomicamente, que recebem este nome justamente por sua semelhança com os antigos navios de guerra portugueses.

Elas possuem corpo e tentáculos translúcidos, que dificultam a sua visualização dentro do mar. Os tentáculos podem atingir até 30 metros de comprimento, carregados de toxinas capazes de produzir queimaduras de até terceiro grau, além de além de graves reações alérgicas.

Em caso de acidente com caravela, a recomendação inicial é acionar os bombeiros ou guarda-vidas e lavar o local com água do mar. Especialistas não recomendam aplicar água doce ou outras substâncias, como urina ou borra de café, que podem provocar contaminações e piorar a lesão.