Alagoano de 14 anos leva a medalha de ouro na Olimpíada de Matemática em NY
José Mendes reúne medalhas em disputas de exatas e disputou primeira competição internacional esse mês.
José Mendes, de 14 anos, foi o vencedor da Olimpíada de Matemática Copernicus, em Nova York, nos Estados Unidos, na categoria III. O adolescente, que cursa o 9º ano do ensino fundamental em um colégio particular de Maceió, contou que a competição foi acirrada e que ficou feliz em trazer o ouro para o Brasil.
"Foi legal vencer! Eu estava muito nervoso, tinha competidores de vários países. Foi uma prova difícil, a segunda mais difícil que já fiz. E o fato de ser uma prova toda em inglês a tornou ainda mais difícil. Foram 25 questões que deveriam ser concluídas em 1h30. Acho que o tempo foi o mais difícil, fiz tudo no tempo cravado", disse José.
A prova em Nova York aconteceu na Universidade de Columbia. Antes disso, José teve que passar por uma etapa eliminatória, que aconteceu online. Com a aprovação em mãos e junto com os pais, o estudante embarcou para os Estados Unidos para brigar pelo pódio.
O pai, que também se chama José, conta orgulhoso como foi ver o filho subir ao pódio em uma disputa internacional.
"Esperávamos que ele levasse um bronze, mas foi uma surpresa muito grata essa conquista do ouro. Ficamos muito felizes. Estamos nos esforçando para dar as melhores oportunidades para ele", disse.
Fera em matemática desde cedo. O pai conta que a aptidão de José para os cálculos começou quando ele era bem pequeno e já sabia os nomes das formas geométricas.
A família mora em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, mas para ajudar no desempenho do filho, os pais matricularam José em uma escola de Maceió. "Essa escola que ele está hoje deu todo apoio que o meu filho precisava para se desenvolver e ter amigos".
Apesar das boas notas e das conquistas em disputas de conhecimento, o pai conta que a família busca manter os pés no chão e evitar qualquer tipo de pressão que possa atrapalhar José.
"Sabemos que ele tem essas habilidades e estamos preparando ele para o futuro, mas sempre conversamos com ele para tirar esse peso das costas dele. Não buscamos valorizar isso com ele, entendemos que ele precisa de desafios para não perder o interesse, mas agimos de forma natural e deixamos ele à vontade".
E sem expectativas e planos, José, o filho, vai se nutrindo do que desperta a sua curiosidade, como a língua italiana, por exemplo. Ele prefere não fazer escolhas e nem apontar horizontes, quer desbravar os desafios que o futuro apresentar.