Política

Senado votará indicação de Galípolo à presidência do BC no dia 8 de outubro, diz Pacheco

Presidente do Senado anunciou, durante sessão nesta quarta, a data de análise do nome indicado por Lula

Por G1 04/09/2024 21h09
Senado votará indicação de Galípolo à presidência do BC no dia 8 de outubro, diz Pacheco
Galípolo é um dos cotados para substituir Roberto Campos Neto na presidência do BC - Foto: Diego Zacarias/MF

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta quarta-feira (4) que o plenário da Casa votará a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central no dia 8 de outubro, após o primeiro turno das eleições municipais.

Atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidir a autoridade monetária.

O economista vai substituir Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, que foi indicado na gestão Jair Bolsonaro.

Pacheco fez o anúncio da data de votação da indicação de Galípolo durante sessão do Senado nesta quarta.

Antes de o nome ser analisado pelo conjunto de senadores, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve realizar a sabatina de Galípolo. A data da sabatina, entretanto, ainda não foi agendada pelo presidente do colegiado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

"No período eleitoral, há dificuldade de reunirmos maior quórum. Estamos encaminhando a mensagem à CAE. Ficará à cargo do senador Vanderlan Cardoso a definição da data da sabatina. Da parte da Presidência do Senado, gostaria de deixar definida a data 8 de outubro para apreciação em plenário. Caberá ao presidente da CAE definir até 8 de outubro a data da sabatina", afirmou Pacheco.
De acordo com a colunista do g1 Andréia Sadi, senadores insatisfeitos com a relação do governo com o Legislativo estão utilizando a indicação de Galípolo para mandar recados ao Palácio do Planalto.

Isso pode explicar a demora no agendamento da sabatina pela Comissão de Assuntos Econômicos. Entre os motivos de insatisfação dos parlamentares, estaria o alinhamento do Executivo com o Poder Judiciário na questão das emendas e na crise entre Alexandre de Moraes e o dono do X, Elon Musk.

Se o nome de Galípolo for aprovado pelos senadores, ele ficará quatro anos à frente do Banco Central, uma instituição autônoma.