Justiça

Técnico de basquetebol condenado por abuso sexual estaria atuando em escolas de Maceió

O MPAL instaurou um processo administrativo para apurar a denúncia

Por Wanessa Santos 24/09/2024 13h01 - Atualizado em 24/09/2024 13h01
Técnico de basquetebol condenado por abuso sexual estaria atuando em escolas de Maceió
Ministério Público de Alagoas (MPAL) - Foto: Reprodução

O Ministério Público de Alagoas (MPAL), através de publicação feita no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do órgão na última sexta-feira (20), instaurou um processo administrativo para apurar o suposto caso de um professor de basquetebol, condenado por abuso sexual no ano de 2020, que estaria atuando normalmente em diversas escolas de Maceió.

De acordo com a publicação, a denúncia de que a situação estaria ocorrendo foi encaminhadas ao MPAL pela Associação dos Servidores da Justiça Federal de Alagoas (ASSEJUF). De acordo com a denúncia, o referido professor de basquetebol, identificado pelas iniciais E.M.S, teria sido condenado pela prática de crimes sexuais contra crianças e adolescentes em primeiro e segundo grau.

Mesmo assim, o acusado estaria participando ativamente de projetos vinculados a crianças e jovens, inclusive como integrante de comissão técnica de delegação de atletas SUB 14 e SUB 18 anos, em viagens de fim de semana para a cidade do Recife.

No documento publicado, o MPAL pontuou que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever dos estabelecimentos educacionais e similares, públicos ou privados, que desenvolvem atividades com crianças e adolescentes, independentemente de recebimento de recursos públicos, manter fichas cadastrais e certidões de antecedentes criminais atualizadas de todos os seus colaboradores.

Diante disso, o órgão encaminhou um ofício para todas as unidades de ensino onde o professor de basquetebol estaria atuando, solicitando informações sobre a atuação do referido professor com crianças e adolescentes. Entretanto, somente a Federação de Basketball de Alagoas – FBA e uma escola particular responderam o ofício.

Por essa razão, o MPAL decidiu instaurar o processo administrativo para apurar fato. O órgão ressaltou, ainda, que a condenação do técnico de basquete E.M.S, compromete a confiança e segurança das crianças e adolescentes que estejam sob os seus cuidados.