Saúde

Alagoas registrou aumento de 1,8 mil casos de sífilis em 2023, diz Ministério da Saúde

Em 2022, o Estado teve um total de 744 casos e no ano seguinte, 2.573 casos

Por Jamerson Soares / 7Segundos 16/10/2024 17h05 - Atualizado em 16/10/2024 18h06
Alagoas registrou aumento de 1,8 mil casos de sífilis em 2023, diz Ministério da Saúde
Os dados do Ministério da Saúde (MS) mostram os casos de sifilis em Alagoas - Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Alagoas registrou um aumento de 1.829 casos de sífilis em 2023, de acordo com o Boletim Epidemiológico de sífilis do Ministério da Saúde, divulgado nessa terça-feira (15).

Segundo o órgão, em 2022, Alagoas teve um total de 744 casos. Já no ano seguinte, foram registrados 2.573 casos. Desses, 54% são do gênero masculino e 46% do gênero feminino. Além disso, das pessoas infectadas, 59% são autodeclaradas pardas.

Em Maceió, 2.143 pessoas foram infectadas.

Por outro lado, os registros também revelam que a maior parte das taxas de detecção de sífilis congênita, ou seja, aquela que é passada de mãe para filho, aumentou. Em 2023, observou-se uma redução de 1.511 casos de sífilis congênita no país. 

A taxa de detecção é um indicador epidemiológico que depende da incidência real de casos de uma doença e da agilidade do sistema de saúde no diagnóstico. Isto quer dizer que quanto maior a taxa de detecção, maior o avanço no diagnóstico e no tratamento da doença.

O levantamento teve como base as notificações recebidas até 30 de junho de 2024, que mostrou que foram registrados no Brasil um total de 242.826 casos de sífilis adquirida, 86.111 casos de sífilis em gestantes, 25.002 casos de sífilis congênita, além de 196 óbitos por sífilis congênita.

O que é sífilis?

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum. É uma doença que tem cura e tratamento se o diagnóstico for precoce e preciso.

Os meios de transmissão dessa doença são as seguintes:

>relações sexuais desprotegidas, seja vaginal, anal ou oral, com uma pessoa infectada;
> beijo ou toque em feridas na boca de uma pessoa infectada;
> contato direto com o sangue dessa pessoa; compartilhamento de agulhas, como no caso de uso de drogas injetáveis;
> transmissão de mãe para filho durante gestação ou no parto, se o bebê entrar em contato com a ferida da mãe.

Diagnóstico e prevenção

O diagnóstico da sífilis é feito por meio dos testes rápidos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades de saúde da região onde a pessoa mora. Caso dê reagente (positivo), o paciente é encaminhado rapidamente para realizar o tratamento.

A infecção pode ser evitada por meio do sexo seguro, utilizando preservativo/camisinha.