Saúde

Saúde orienta população sobre cuidados contra a sífilis

Conheça as formas de contágio, o tratamento, sintomas e prevenção; doença é grave, mas diagnóstico precoce e tratamento adequado favorecem a cura

Por Ascom SMS 05/08/2023 10h10
Saúde orienta população sobre cuidados contra a sífilis
População precisa ter cuidado para se prevenir da doença - Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada por uma bactéria, a sífilis é transmitida, principalmente, pelo contato sexual desprotegido, mas também da mãe para o bebê na gravidez ou através de transfusões sanguíneas contaminadas. Em 2023, a Secretaria de Saúde de Maceió já registrou 1059 casos da infecção em adultos e 291 em gestantes até o mês de julho. Atenta a esse cenário, a Saúde de Maceió alerta a população sobre as formas de contágio, tratamento, sintomas e formas de prevenção.

Uma das formas de contágio ocorre quando há contato direto com feridas ou lesões presentes na pele ou membranas mucosas de uma pessoa infectada. Além disso, há a sífilis congênita, que é transmitida da mãe para o feto durante a gestação. Ela ocorre quando uma mulher grávida que está infectada com a bactéria Treponema pallidum transmite a infecção para o seu bebê durante o desenvolvimento fetal ou no momento do parto.

A médica infectologista da Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis da SMS, Mardjane Lemos, fez uma avaliação sobre a sífilis.

“Embora a infecção tenha uma evolução geralmente benigna em adultos, pode ter repercussões graves, como aborto e malformações em recém nascido. Além disso, a coinfecção da sífilis com o HIV, por exemplo, pode levar a sérias complicações, como os casos de meningite”, alerta.

“A doença pode ser tratada com eficácia através do uso de antibióticos, preferencialmente, penicilina. A escolha do esquema de tratamento e sua duração dependem do estágio da doença e das condições individuais do paciente. É essencial procurar ajuda médica assim que surgirem os primeiros sintomas ou após a exposição a um parceiro sexual infectado”, completa a infectologista, Mardjane Lemos.

Prevenção

Medidas para a prevenção da sífilis são essenciais, entre elas o uso correto e consistente de preservativos durante o sexo vaginal, anal e oral; realização de exames de maneira regular, especialmente se a pessoa tiver múltiplos parceiros, e não compartilhar agulhas, seringas e outros objetos cortantes. Caso o indivíduo ou a parceria sejam diagnosticados com sífilis ou qualquer outra IST, deve seguir corretamente as orientações médicas e realizar todo o tratamento prescrito.

“A sífilis é uma doença grave, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado, pode ser tratada e curada. A educação sobre IST, o uso de preservativos e o acesso a serviços de saúde são fundamentais na prevenção da sífilis e de outras infecções sexualmente transmissíveis. Fique atento à sua saúde e à saúde das parcerias, e lembre-se de que a prevenção é sempre o melhor caminho”, afirma a especialista.

Sífilis Congênita


Os riscos para o bebê são maiores se a mãe estiver infectada com sífilis durante a gravidez ou se não tiver sido tratada adequadamente antes ou durante a gestação. A sífilis congênita pode levar a uma série de problemas de saúde graves para o bebê, como: aborto espontâneo, morte fetal, óbito infantil, bebês nascidos prematuramente ou com baixo peso ao nascer, malformações congênitas, incluindo problemas ósseos e deformidades, comprometimento do fígado, baço e outros órgãos, anemia, problemas neurológicos, como convulsões, retardo mental e distúrbios de desenvolvimento.

Segundo a especialista, é fundamental que mulheres grávidas façam o pré-natal regularmente. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado da sífilis durante a gravidez podem prevenir a transmissão para o bebê e reduzir os riscos de complicações. O tratamento para sífilis congênita é geralmente feito com antibióticos adequados. A educação sobre ISTs e o acesso a cuidados de saúde adequados são essenciais para proteger tanto a mãe quanto o bebê durante a gestação”, finaliza a médica Mardjane Lemos.