Acidentes

Ex de homem que atacou STF ateia fogo na casa onde moraram, diz família

Por 7segundos com Uol 17/11/2024 10h10 - Atualizado em 17/11/2024 11h11
Ex de homem que atacou STF ateia fogo na casa onde moraram, diz família
Incêndio em casa na rua Barão do Rio Branco, no bairro Budag, em 17 de novembro - Foto: Reprodução

Ex-esposa de Francisco Wanderley Luiz, 59, autor das explosões em Brasília na última quarta-feira (13), teria ateado fogo em si mesma e na casa onde os dois moraram em Rio do Sul (SC).

O que aconteceu
Mulher teve queimaduras de 1º, 2º e 3º graus pelo corpo, segundo Corpo de Bombeiros. Militares foram acionados por volta de 7h para a ocorrência na casa de 50 metros quadrados na rua Barão do Rio Branco, bairro Budag. Segundo os bombeiros, a mulher foi retirada da residência por pessoas que passavam no local, mas "foi atendida, estabilizada e conduzida ao pronto-socorro" do hospital regional.

Familiares do homem, conhecido também como 'Tiu França', afirmaram que a ex-esposa dele, ouvida pela Polícia Federal após o atentado na semana passada, foi a responsável pelo incêndio. No lugar, também funcionava o chaveiro aberto pelo homem em 2019.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram as chamas consumindo a casa de madeira. Imagens enviadas pelo Corpo de Bombeiros mostram que a residência foi muito afetada pelo fogo.

O UOL procurou a Polícia Federal, e as polícias Militar e Civil, e aguarda retorno. Esta nota será atualizada tão logo haja resposta.

A investigação sobre o caso
PF investiga se foi terrorismo. De acordo com o diretor da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, o caso será apurado como ato terrorista e ataque ao Estado Democrático de Direito. A PF vê sinais de "planejamento de longo prazo" e possíveis "conexões" com o 8 de janeiro.

Ex-mulher diz que alvo era Moraes. A agentes da PF em Santa Catarina, a ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz disse que o principal alvo era o ministro do STF. "Ele falou que mataria ele e se mataria", disse.

Amigos dizem que ele se radicalizou. Pessoas ouvidas pelo UOL contaram que Luiz, que era filiado ao PL, mudou de comportamento e aparentava "sérios problemas mentais" depois de um divórcio.

Autor de explosões atuava como chaveiro. A empresa de Luiz, a MP Mercado Popular, foi aberta em outubro de 2019. Tem como principal atuação o comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários usados, conforme o sistema Redesim, que reúne dados da Receita Federal. Porém, como atividades secundárias, constavam os serviços de chaveiro, bar, discoteca e comércio de peças e acessórios novos para veículos.

Divorciado e pai de dois filhos. Relatos de amigos demonstram que ele viveu uma espécie de metamorfose. O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), também de Rio do Sul, disse que Luiz aparentava "sérios problemas mentais" depois de um divórcio.