Zuckerberg substitui checagem de fatos nos EUA por 'notas da comunidade' no Facebook e Instagram
Iniciativa será implementada inicialmente nos Estados Unidos, com a possibilidade de ser expandida para outros países
A Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, anunciou uma mudança significativa em sua abordagem sobre checagem de fatos. A partir de 2025, a gigante de tecnologia substituirá o sistema tradicional de verificação feito por agências terceirizadas por um modelo de "notas da comunidade", similar ao que já acontece no X (antigo Twitter). A mudança será implementada inicialmente nos Estados Unidos, com a possibilidade de ser expandida para outros países.
O anúncio foi feito por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em um vídeo postado em suas redes sociais nesta terça-feira (7). O novo sistema permitirá que os próprios usuários das plataformas verifiquem informações, com a possibilidade de votar e opinar sobre conteúdos postados, incluindo links e imagens.
Com isso, as agências de checagem de fatos serão substituídas por uma abordagem mais colaborativa e aberta, onde a comunidade decide a veracidade de informações, em vez de contar com entidades externas.
Esse modelo já é adotado no X, rede social de Elon Musk, e marca uma mudança radical na política de moderação de conteúdo da Meta. Segundo Zuckerberg, a iniciativa visa reduzir erros no processo de moderação de conteúdo e restaurar a "liberdade de expressão", ao mesmo tempo que simplifica as políticas de conteúdo da empresa.
O executivo afirmou que a Meta cometeu muitos erros em suas abordagens anteriores, com a censura acidental de milhões de publicações, e acredita que esse novo modelo ajudará a melhorar a confiança nas plataformas.
“Criamos vários sistemas complexos de moderação, mas o problema é que eles cometem erros. Mesmo se eles acidentalmente censurem apenas 1% das publicações, isso significa milhões de pessoas, e chegamos a um ponto onde há muitos erros e muita censura", disse Zuckerberg.
Desde 2016, a Meta tem adotado checagem de fatos em suas plataformas, com agências especializadas identificando e reduzindo o alcance de publicações falsas. Temas como eleições, COVID-19 e desastres naturais costumavam ser alvo dessa verificação. Contudo, o novo modelo visa descentralizar essa responsabilidade, com os próprios usuários atuando como moderadores.