O deputado federal Paulão (PT) quebrou o silêncio sobre o escândalo envolvendo os supostos desvios do Fundo Eleitoral na eleição de 2024. Em entrevista à Rede Antena 7 nesta quarta-feira (8), o parlamentar reconheceu que o contrato firmado entre Ricardo Barbosa e seu filho atinge a moral, mas aponta que não houve nenhum tipo de desvio.

O nome do deputado petista ainda foi envolvido no caso sendo apontado como um dos beneficiados com os supostos desvios.

“Nem da Executiva eu sou. Por isso, não tenho poder decisório. Existe o Fundo Partidário a qual todos os partidos têm direito. O PT deve ter recebido cerca de R$2 milhões. A grande polêmica aconteceu em relação a verba para pagar a assessoria jurídica e contábil no processo”, disse o deputado.

Paulão alega que o contrato firmado entre o PT e o escritório do filho de Ricardo Barbosa foi aprovado por toda a Executiva do partido, não apenas pelo presidente.

“A questão não é do ponto de vista regimental, ela é do ponto de vista moral. Será prudencial ter colocado o filho? A decisão foi aprovada na Executiva do partido com todas as suas tendências. Não foi uma decisão só do presidente. (...) Embora, do ponto de vista moral, as pessoas questionem que possa ter cometido erro, todas as forças políticas do partido votaram pelo contrato”, afirma Paulão.

O processo que vai decidir a nova composição do Diretório do PT em Alagoas, previsto para acontecer no final do primeiro semestre deste ano, seria um dos motivos para nomes internos terem exposto esta situação, que na visão do parlamentar, deveria ter sido tratada entre quatro paredes.

“Foi utilizada essa notícia deformada para o processo da disputa eleitoral. Nomes do partido usaram pessoas da comunicação para dizer que o PT está envolvido em desvio. Não teve desvio nenhum. Se tivesse, seriamos penalizados pelo Ministério Público Federal e não fomos e até hoje não têm uma denúncia formal contra o Ricardo Barbosa” disse.