Polícia

Defesa se pronuncia sobre caso de jornalista alagoana suspeita de aplicar 'golpe do abadá'

Segundo os advogados, a suspeita estava hospitalizada e não podia se manifestar; haverá o ressarcimento dos valores para as vítimas

Por Jamerson Soares 07/03/2025 18h06
Defesa se pronuncia sobre caso de jornalista alagoana suspeita de aplicar 'golpe do abadá'
Vítimas do suposto golpe foram até a delegacia registrar o Boletim de Ocorrências contra a jornalista - Foto: Reprodução / Instagram

Os advogados da jornalista e promotora de eventos alagoana, suspeita de aplicar o "golpe do abadá", se pronunciaram sobre o caso nesta sexta-feira (7).

De acordo com a defesa da jornalista, ela estava hospitalizada e não podia se manifestar. Os advogados também explicaram que Adelaide atuou como intermediadora da venda dos ingressos, que eram comercializados por comissários das empresas organizadoras dos eventos.

"Os valores eram repassados pela cliente para esses comissários, responsáveis pela venda. Os comissários não fizeram a entrega dos ingressos em tempo hábil para a entrega aos compradores. No momento, busca-se reunir a documentação necessária que ateste a compra para, posteriormente, haver o ressarcimento dos valores de posse da cliente deste escritório", diz um trecho da nota da defesa.

Ainda segundo os advogados, as pessoas que não receberam os ingressos serão devidamente ressarcidas, com o acompanhamento da polícia e da defesa da jornalista.

"Diferente do veiculado em redes sociais, a mesma não tem sociedade com quaisquer empresas jornalísticas, apesar de prestar serviço como freelancer para empresas desse segmento", concluiu a defesa.

Identificada como Adelaide Maria Wanderley Nogueira Barros, a comunicadora teria transferido os valores dos ingressos de grandes festas de Carnaval em Recife, Salvador e Olinda para uma conta dela, ou da sobrinha dela, com o uso também de uma maquineta. Porém, as vítimas relataram que Adelaide parou de responder e não entregou os ingressos até a data dos eventos.

Segundo o delegado da Polícia Civil, Igor Diego, a produtora de eventos não foi presa porque não estava em situação de flagrante. Ela será ouvida após serem colhidos os depoimentos das vítimas.