Líder comunitária denuncia descarte irregular de entulhos de lixo no Rio São Miguel
Moradores alegam que durante todo o dia caminhões chegam ao leito do rio e despejam grandes quantidades de lixo no local

Os moradores do bairro Humberto Alves, localizado no município de São Miguel dos Campos, denunciam que há cerca de um ano o leito do Rio São Miguel vem sendo utilizado como depósito de lixo. A população fez diversos registros em vídeos e fotos que mostram a situação no local. Em entrevista a Rede Antena7, concedida na manhã desta sexta-feira (21), a líder comunitária Ana Luiza explicou a preocupação dos moradores e o que a prefeitura de São Miguel dos Campos diz.
Ana conta que a população vem observando essa situação já há bastante tempo, e que o problema vem se agravando, há alguns meses. Segundo a líder comunitária, quando os primeiros despejos aconteceram às margens do rio, eles eram feitos em menor quantidade, e não tinha a proporção que tem hoje. Atualmente, ela conta que, além do material descartado ser metralha da construção civil, que chegam em caminhões abarrotados, os descartes ocorrem praticamente durante o dia todo.
“Os moradores alegam que é e 8h da manhã até quase meia noite. Só chegam lá, descartam e vão embora. Às vezes, vêm com uma retroescavadeira que espalha (o entulho), às vezes ele só joga”, conta Ana Luiza.
Segundo ela, o material despejado de forma sistemática às margens do Rio São Miguel não vem da população. Ela questionou um dos motoristas dos caminhões de descarte de onde eles estavam vindo e recebeu a informação de que pertenciam a uma empresa terceirizado pela prefeitura de São Miguel dos Campos.
Em resposta, a prefeitura do município de São Miguel dos Campos disse que não teve acesso a nenhum elemento (foto ou vídeo), por meio oficial, que comprovasse quaisquer irregularidades com relação ao despejo de lixo no leito do rio, e que, na verdade, a própria população mantém um padrão de comportamento difícil, ao insistir em jogar seus resíduos em calçadas, a qualquer dia ou horário.
Em suma, a prefeitura disse que “o problema está na conscientização da população quanto à organização desse descarte”, apontando, ainda, que quando se trata de descarte de entulhos provenientes de obras o comportamento da população é ainda mais grave. “Geralmente (os descartes de metralhas são feitos) por quem faz pequenas reformas desprovidas de autorização do município”, diz a nota.
O documento encerra informando que, ainda assim, a Procuradoria Geral do Município sugere que o a Secretaria de Meio Ambiente “promova rondas no aludido bairro afim de tentar descobrir se os fatos denunciados procedem e, caso positivo, tentar identificar os responsáveis pela irregularidade denunciada”.
Vale lembrar que o Rio São Miguel já tem um histórico de transbordo em épocas de chuvas, e que a população da região encontra-se apreensiva com a proximidade do período chuvoso, que tem início, geralmente, entre os meses de abril e junho. Com o despejo persistente de entulhos de metralha e outros resíduos nas margens no rio, o risco de que o seu leito seja estreitado é grande, o que pode contribuir, ainda mais, para futuros alagamentos na região.
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