Quadra chuvosa será marcada por seca prolongada e chuvas intensas em Alagoas
Defesa Civil apresentou plano estadual para respostas a desastres nesta quinta-feira (24)
A Defesa Civil do Estado de Alagoas lançou nesta quinta-feira (24) o plano de ação interinstitucional para o período chuvoso de 2025, alertando para um cenário climático preocupante. Apesar das previsões de chuvas abaixo da média, o risco de desastres ambientais segue elevado devido à possibilidade de chuvas fortes em um curto intervalo de tempo — um fenômeno diretamente ligado à seca prolongada que afeta o estado.
“O volume de chuvas está muito abaixo da normalidade. Já houve agravamento da seca em grande parte do semiárido. Se não chover nos próximos meses, ou se continuar chovendo abaixo da média, nós não teremos chuva, não teremos água. É uma situação muito parecida com o que aconteceu em 2012 e 2017, anos em que enfrentamos algumas das maiores secas da história. O cenário é semelhante, e precisamos estar alertas, pois esse é o período de recarga hídrica do semiárido”, afirmou Vinícius Pinho, superintendente de Prevenção em Desastres Naturais da Semarh.
Durante o evento realizado no auditório da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), especialistas alertaram que o calor extremo e o solo ressecado favorecem a formação de nuvens carregadas, tornando mais frequente a ocorrência de tempestades intensas e localizadas. Essa combinação pode causar inundações repentinas, deslizamentos de terra e o transbordamento de rios em áreas vulneráveis.
“O que nos preocupa é essa elevação das temperaturas, que, combinada à umidade do ar, favorece a formação de nuvens carregadas e a ocorrência de chuvas intensas e isoladas em pontos específicos do estado. Existe, sim, a possibilidade de eventos extremos, e devemos estar atentos”, concluiu Vinícius.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), três dos quatro modelos meteorológicos internacionais utilizados indicam temperaturas elevadas e baixa incidência de chuvas nos próximos meses. O alerta é ainda mais grave para o semiárido alagoano, região que depende do atual período para a recarga hídrica.
Prevenção e resposta rápida
Para minimizar os impactos, a Defesa Civil intensificará o monitoramento nas bacias dos rios Jacuípe, Paraíba e Mundaú, que historicamente sofrem com alagamentos. O Corpo de Bombeiros também reforçou sua atuação em cidades como Murici, União dos Palmares, Branquinha, São José da Laje e Santana do Mundaú.
“O diferencial de hoje é que temos equipes prontas em pontos estratégicos. Estamos em alerta permanente durante a quadra chuvosa”, destacou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel André Verçosa.
O plano traçado prevê ações preventivas, campanhas de conscientização e uma resposta rápida a possíveis desastres, priorizando as áreas mais suscetíveis. As autoridades também reforçam a importância do engajamento da população, que deve ficar atenta aos alertas meteorológicos e seguir as orientações dos órgãos de defesa civil.
Em um cenário marcado por extremos climáticos, a seca pode ser apenas o começo de uma cadeia de eventos perigosos. A atenção agora está voltada para os céus — e para a capacidade de resposta das instituições e da sociedade.
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