Serial killer de Maceió é denunciado por duplo homicídio ocorrido em 2020 na Chã da Jaqueira
Albino dos Santos Lima, investigado por 18 assassinatos, é acusado de executar casal dentro de casa
O Ministério Público de Alagoas apresentou nesta terça-feira (29) uma nova denúncia criminal contra Albino dos Santos Lima, investigado como autor de uma série de execuções que marcaram os últimos anos em Maceió. Desta vez, ele foi responsabilizado judicialmente por um duplo homicídio registrado em fevereiro de 2020, no Conjunto Jardim Petrópolis, bairro da Chã da Jaqueira, na parte alta da cidade.
Segundo a denúncia, as vítimas — Antônio de Oliveira Melo Neto e Maria Claudiana da Silva — foram surpreendidas e mortas a tiros dentro da própria residência, por volta das 10h da manhã do dia 17. Antônio morreu na hora, e Maria chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos. Na época, a autoria do crime foi atribuída a outros suspeitos, mas a apuração tomou um novo rumo após a prisão de Albino, em setembro de 2024.
Ele foi detido durante investigações sobre a morte da adolescente Anna Beatriz Santos Tavares, de 13 anos, assassinada no bairro da Levada. O caso expôs uma rede de crimes que teria Albino como principal executor: de acordo com a Polícia Civil, o acusado é investigado por, pelo menos, 18 homicídios cometidos entre 2019 e 2024, com vítimas espalhadas por regiões distintas da capital — da parte alta à orla lagunar.
A polícia obteve imagens de videomonitoramento que mostravam Albino seguindo a adolescente Anna Beatriz e, após a divulgação, diversas denúncias anônimas e testemunhos confirmaram sua identidade. Durante a operação que levou à prisão, os investigadores encontraram uma pistola calibre 380, além de roupas escuras, máscaras e o celular do suspeito.
A perícia confirmou que a arma havia sido utilizada no assassinato da adolescente. Já a análise do aparelho celular revelou arquivos armazenados em serviços como Google Drive e OneDrive, onde estavam guardadas informações detalhadas sobre os crimes: listas com datas, fotos das vítimas, locais dos assassinatos e até matérias jornalísticas sobre os casos. Para os investigadores, o conteúdo indica que Albino registrava os crimes como uma espécie de coleção pessoal.
Com relação ao duplo homicídio agora denunciado, a polícia encontrou imagens da casa das vítimas entre os materiais armazenados. Além disso, ficou comprovado que o acusado teria invadido o imóvel semanas antes do crime e provocado um incêndio no local, cerca de um mês antes do ataque fatal.
Investigação em andamento
Com o avanço das investigações, o Ministério Público reforça a tese de que Albino atuava de maneira sistemática e com características compatíveis com perfis de assassinos em série. Um pedido de aprofundamento pericial, com laudos de perfil psicológico e psiquiátrico, está em andamento.
Enquanto isso, novas denúncias devem ser encaminhadas à Justiça nos próximos meses, à medida que mais provas forem reunidas nos inquéritos que seguem em curso. Albino segue preso preventivamente.
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