Ladeira do Calmon vira símbolo da destruição causada pela Braskem em Maceió
Mais de 60 mil pessoas foram removidas de suas casas nos últimos anos
A Ladeira do Calmon, um dos acessos históricos ao bairro do Bebedouro, virou um imenso vazio. Onde antes havia vida, comércio e residências, hoje só restam poeira e silêncio. A imagem registrada pelo Projeto Ruptura revela o “antes e depois” de uma das áreas mais afetadas pelo afundamento do solo causado pela extração de sal-gema da Braskem.
A mudança é chocante: a ladeira que antes ligava o bairro à parte alta da cidade agora é um corredor de terra batida, isolado por tapumes, com imóveis demolidos e o trânsito limitado. Segundo a Defesa Civil, a área segue passando por demolições preventivas.
Moradores relatam sentimento de abandono. “Está tudo deserto. É como se tivessem arrancado pedaços da nossa história”, afirmou Joselma Evaristo, moradora há mais de 40 anos na região.
Mais de 60 mil pessoas foram removidas de suas casas nos últimos anos. A Braskem afirma que segue cumprindo os acordos judiciais de indenização, mas os moradores e lideranças locais cobram mais transparência, assistência e respeito à memória dos bairros atingidos.
A Ladeira do Calmon é hoje um retrato doloroso da tragédia ambiental que marca Maceió – e que segue sem um desfecho definitivo.
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