Polícia

Caso Rhavy Abraão: padrasto suspeito de matar criança tem passagem pela polícia

Criança morreu por hemorragia no fígado, provocada por uma pancada violenta nas costas

Por 7Segundos 14/05/2025 16h04 - Atualizado em 14/05/2025 18h06
Caso Rhavy Abraão: padrasto suspeito de matar criança tem passagem pela polícia
Rhavy Abraão Alves de Lima, de 2 anos - Foto: Reprodução

O padrasto de Rhavy Abraão Alves de Lima, de dois anos, é o principal suspeito pela morte da criança, ocorrida nessa terça-feira (13), no bairro Riacho Doce, em Maceió. Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (14), os delegados responsáveis pelo caso, Emanuel Rodrigues e Tacyane Ribeiro, revelaram que o homem já possui passagem pela polícia por tentativa de homicídio.

O crime anterior foi cometido quando o suspeito ainda era menor de idade, mas, segundo o delegado Emanuel, a informação é relevante para entender o histórico de violência do acusado, que agora responde por suspeita de homicídio contra o enteado. Apesar da gravidade das acusações, ele nega envolvimento na morte da criança, mesmo após a prisão em flagrante.

O laudo do exame de necropsia confirmou que Rhavy morreu em decorrência de uma hemorragia interna, causada pela ruptura do fígado após uma pancada violenta nas costas. A lesão foi classificada como incompatível com acidentes domésticos ou quedas simples, o que, segundo a polícia, reforça a hipótese de agressão.

No momento da morte, apenas o padrasto estava em casa com a criança. A mãe de Rhavy contou à polícia que havia saído pela manhã para ir à academia e visitar a avó do menino. Ao retornar, foi informada pelo companheiro de que o filho não estava mais respirando. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a criança já estava sem vida.

Em depoimento, a mãe disse que mantinha um relacionamento com o suspeito há sete meses. Ela afirmou que nunca presenciou atitudes agressivas do companheiro, embora tenha reconhecido que ele demonstrava pouco afeto pelas crianças. Para ela, esse comportamento era aceitável, devido ao curto tempo de convivência entre eles.

A polícia já descartou qualquer possibilidade de morte por causas naturais.