Justiça

Testemunha relata momento brutal do assassinato da farmacêutica Marcelle Bulhões

Ex-companheiro da vítima é suspeito de matá-la a pedradas

Por Giulianna Albuquerque 26/05/2025 14h02 - Atualizado em 26/05/2025 22h10
Testemunha relata momento brutal do assassinato da farmacêutica Marcelle Bulhões
Júri do assassinato da farmacêutica Marcelle Bulhões - Foto: Ascom MP/AL

Em mais uma etapa do julgamento de Cícero Messias da Silva Júnior, acusado de assassinar brutalmente a farmacêutica Marcelle Bulhões no Dia Internacional da Mulher - em 8 de março de 2023 - , a oitiva de uma testemunha que presenciou parte do crime causou forte comoção no salão da 8ª Vara Criminal de Maceió na tarde desta segunda-feira (26).

O jovem relatou ter corrido em direção à cena do crime ao ouvir os gritos de socorro da vítima, que ocorriam em frente à casa onde morava no bairro Cidade Universitária. Segundo o depoente, Marcelle estava dentro do carro sendo violentamente agredida por Cícero, que desferia socos contra ela e batia sua cabeça contra o volante.

Ainda de acordo com a testemunha, o réu conseguiu retirar Marcelle do veículo e a arrastou até a parte de trás do carro, onde a jogou no chão. Nesse momento, o agressor teria dito que iria matá-la e chegou a pedir a ajuda da testemunha para cometer o crime, ameaçando também matá-lo caso se aproximasse.

O depoente afirmou que Cícero pulou um esgoto próximo, pegou uma pedra e atingiu a cabeça de Marcelle com violência, mesmo ela ainda estando de pé. Com a vítima já caída ao chão, ele teria golpeado sua cabeça mais duas vezes com a mesma pedra. A testemunha disse ainda que o réu estava com uma faca em punho durante a agressão.

A sessão do júri popular segue em andamento, com a previsão de que seja encerrada ainda hoje.

O Ministério Público, por meio do promotor de Justiça Tácito Yuri, sustenta a tese de homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, torpe (feminicídio) e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.