Por falta de recursos, Prefeitura cancela São João de São Miguel dos Campos e revolta população
Uma das maiores festas juninas de Alagoas é suspensa. Comunidade cobra transparência e comércio local lamenta prejuízos.

A Prefeitura de São Miguel dos Campos anunciou oficialmente que o tradicional evento “São João é São Miguel” não será realizado este ano, alegando falta de recursos e a necessidade de priorizar demandas essenciais. O comunicado, feito por meio das redes sociais, provocou forte reação popular e críticas de comerciantes, artistas e representantes da cultura local.
Reconhecida como uma das maiores e mais tradicionais festas juninas de Alagoas, a celebração reúne milhares de pessoas todos os anos, movimenta a economia e reforça a identidade cultural do município.
A nota da prefeitura menciona a “instabilidade econômica nacional”, aumento do custo de vida e cortes no orçamento como justificativas. No entanto, não apresenta dados objetivos nem plano de readequação, o que gerou desconfiança da população.
“É sempre a cultura popular que paga a conta? O povo precisa de lazer, tradição e também de renda. O São João gera tudo isso. Por que não houve corte em outras áreas?”, criticou um morador.
O cancelamento do evento atingiu em cheio comerciantes e profissionais que se preparavam para trabalhar no São João. Costureiras, barraqueiros, músicos e ambulantes relatam prejuízos financeiros imediatos.
“Produzi bandeirolas, roupas e enfeites acreditando que o evento iria acontecer, como nos outros anos. Agora estou com tudo parado e prejuízo no bolso”, desabafou uma comerciante da cidade.
Para representantes da cultura local, a decisão representa um descaso com as tradições de São Miguel. O evento junino é mais que uma festa — é parte da história, do turismo e da identidade do povo miguelense.
“Não é só entretenimento. É cultura, é geração de renda, é fortalecimento do pertencimento. Cancelar o São João assim, sem diálogo, é um erro grave”, afirmou o coordenador de uma quadrilha tradicional.
A falta de transparência e de diálogo com a população também foi alvo de críticas. Não houve consulta pública nem tentativa de realizar uma edição reduzida do evento.
A redação do 7Segundos entrou em contato com a Prefeitura para saber se existe alguma alternativa ou compensação cultural prevista, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Últimas notícias

Agressores de mulheres podem pagar conta do SUS por gastos com vítima em Maceió
Clayton Santos toma posse no Conselho de Comunicação da Câmara dos Deputados

Estrela conservadora em ascensão surpreende pela altura, reclama de bullying e diz que deseja ser premier britânico

MPAL cobra responsabilidade do CIGRES e alerta sobre riscos na gestão do aterro sanitário no Sertão

Ilumina restabelece iluminação pública em trecho da Avenida Assis Chateaubriand

MPAL cobra responsabilidade do CIGRES e alerta sobre riscos na gestão do aterro sanitário no Sertão
Vídeos e noticias mais lidas

Homem confessa que matou mulher a facadas em Arapiraca e diz ela passou o dia 'fazendo raiva'

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca
