Polícia

Namorado de jovem assassinada em Maceió tem passagem por tráfico e ligou para a família da jovem após o crime

Raniely Santos de Moura foi assassinada a tiros

Por 7Segundos 11/07/2025 06h06 - Atualizado em 11/07/2025 07h07
Namorado de jovem assassinada em Maceió tem passagem por tráfico e ligou para a família da jovem após o crime
Raniely Santos de Moura estava com o namorado no momento do crime - Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

A notícia da morte de Raniely Santos de Moura, jovem assassinada a tiros na tarde desta quarta-feira (10), no bairro Clima Bom, em Maceió, chegou à família por meio de uma ligação inesperada do próprio namorado da vítima. O rapaz, que segundo informações da Polícia Civil tem passagem por tráfico de drogas, está desaparecido desde o crime.

De acordo com familiares, Raniely havia informado que passaria o dia com o namorado e que retornaria apenas na manhã seguinte, pois trabalharia em uma padaria localizada no bairro Benedito Bentes. O telefonema, no entanto, mudou o rumo da rotina da família.

“Ele ligou para a mãe dela dizendo que achava que ela tinha sido morta. Ela não contava nada pra gente. Saía e não dizia para onde ia. A gente dizia: ‘Ranyele, se acontecer alguma coisa, ninguém vai saber onde lhe procurar’. Dito e feito”, lamentou a avó da jovem, em entrevista a um portal local.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que o companheiro de Raniely chegou a tentar socorrê-la, mas fugiu do local e ainda não foi localizado para prestar esclarecimentos.

“Ele estava na cena do crime momentos antes, fez uma tentativa inicial de socorro, mas logo se evadiu. Ainda não conseguimos ouvi-lo, e por isso não é possível confirmar se o homicídio tem relação direta com o tráfico de drogas”, informou o delegado Daniel Aquino.

Testemunhas relataram que os disparos foram efetuados por ocupantes de um carro branco, veículo que foi encontrado posteriormente na mesma região onde o crime ocorreu. A Polícia Civil continua investigando a motivação do assassinato e trabalha para identificar os autores.

Raniery era moradora da capital e, segundo a família, mantinha uma rotina discreta, raramente compartilhando seus deslocamentos ou compromissos. O silêncio que a jovem cultivava agora desafia os investigadores a reconstruir as últimas horas de sua vida em busca de respostas.