Justiça

Homem é condenado a 17 anos por feminicídio de mulher em situação de rua em Maceió

réu foi considerado culpado pelo assassinato a golpes de faca peixeira

Por 7Segundos, com Assessoria 01/08/2025 09h09 - Atualizado em 01/08/2025 09h09
Homem é condenado a 17 anos por feminicídio de mulher em situação de rua em Maceió
Givanildo da Silva Lima foi condenado a 17 anos pela morte de Renata Bonfim, ocorrida em 2022 - Foto: Assessoria

O Tribunal do Júri condenou, nesta quinta-feira (31), Givanildo da Silva Lima a 17 anos de prisão em regime inicialmente fechado pelo feminicídio qualificado de Renata Bonfim, ocorrido em julho de 2022, no bairro do Jaraguá, em Maceió. O réu foi considerado culpado pelo assassinato a golpes de faca peixeira, em julgamento conduzido com base nas provas apresentadas durante o processo.

Segundo os autos, vítima e acusado viviam em situação de rua e foram vistos juntos na noite anterior ao crime, consumindo bebida alcoólica com outras pessoas na Praça Dois Leões. Testemunhas relataram que, após um desentendimento, Renata deixou o local acompanhada por Givanildo em direção à estação ferroviária. Ela não retornou.

Nas primeiras horas da manhã seguinte, o corpo da vítima foi encontrado na Avenida Walter Ananias, com 20 perfurações por arma branca. O laudo fotográfico e testemunhos apontaram a autoria para Givanildo, que chegou a ser flagrado com a camisa manchada de sangue. Durante a investigação, ele apresentou versões contraditórias, como a alegação de que a mancha seria de açaí ou resultado de um corte acidental ao manipular vidro.

O Ministério Público de Alagoas sustentou a acusação de feminicídio com base no artigo 121, §2º, inciso IV, do Código Penal, por recurso que dificultou a defesa da vítima. Para o promotor de Justiça Rodrigo Lavor, responsável pela acusação, a decisão representa uma resposta proporcional à gravidade do caso.

“Atuamos requerendo a aplicação do rigor da lei, uma vez que o assassinato foi bárbaro. Com o réu devidamente condenado, o Ministério Público de Alagoas desempenhou o seu papel constitucional de promoção da justiça social, garantindo uma resposta penal proporcional, justa e necessária diante da brutalidade do crime praticado. Reforçamos, também, que o MPAL estará sempre em defesa das vidas e contra qualquer violência sofrida pelas mulheres”, afirmou.