Polícia

Adolescente autista estuprado em Maceió foi manipulado por agressor em app de relacionamento

Suspeito foi preso e já tinha passagens por armazenamento de material pornográfico infatil

Por 7Segundos 17/09/2025 07h07 - Atualizado em 17/09/2025 09h09
Adolescente autista estuprado em Maceió foi manipulado por agressor em app de relacionamento
Vítima de estupro no bairro da Serraria - Foto: Reprodução

A mãe do adolescente autista que foi estuprado no bairro da Serraria, em Maceió, na última segunda-feira (15), concedeu entrevista a uma TV local e deu detalhes sobre o encontro do filho com o agressor sexual, que teria sido marcado por um aplicativo de relacionamento.

Segundo a genitora, a vítima teria sido manipulada pelo criminoso e os dois conversavam há algum tempo através do aplicativo. A mulher estava com outras crianças em uma clínica no momento em que o crime aconteceu.

De acordo com o relato da mãe, o suspeito fingiu ser o pai do adolescente para entrar no condomínio onde a vítima mora e atrair o jovem. O homem teria instruído a vítima a dizer que era o pai que a estava buscando, pois o carro era muito parecido. O menino foi acompanhado pelo porteiro do condomínio, que acreditou que o adolescente estava com uma pessoa conhecida. 

O crime só foi descoberto porque o adolescente, já muito abalado, mandou uma mensagem para a mãe com sua localização. A mulher, ao ver que a localização tinha parado, se desesperou. A mãe só se deu conta da verdade quando o filho, após uma hora com o agressor, retornou para casa e relatou o ocorrido. 

O funcionário do condomínio que acompanhou o garoto até o carro chegou a mandar a descrição do motorista, suposto pai da vítima, para a mãe: "Quando eu li 'homem barbudo, tinha uma tatuagem no ombro', eu disse: 'Meu Deus, o pai não tem tatuagem'", lembrou.

O suspeito, que teria sido preso por posse de pornografia infantil em outras duas ocasiões, foi detido na noite desta quarta-feira (16) no bairro do Tabuleiro dos Martins, também em Maceió. A mãe, visivelmente abalada, disse que a prisão traz algum alívio. "É esperar que a Justiça não deixe ele mais sair", afirmou.

A família, o condomínio e os amigos têm prestado muito apoio ao adolescente, que, embora acolhido, ainda não está bem.