Consulta médica por IA: especialista alerta sobre os riscos da prática
Com o Brasil entre os países que mais usam o ChatGPT no mundo, substituir o médico por IA é uma conduta que pode agravar o quadro clínico
O uso da Inteligência Artificial vem crescendo em ritmo acelerado no Brasil. Segundo dados recentes divulgados pela OpenAI, o país está entre os três que mais utilizam o ChatGPT semanalmente, atrás apenas de Estados Unidos e Índia. Globalmente, os usuários enviam mais de 2 bilhões de comandos por dia, sendo 140 milhões de mensagens diárias apenas no Brasil. Em meio a esse cenário, cresce também a preocupação com o uso indevido da tecnologia para fins médicos, especialmente por pessoas que recorrem a IA para “consultas” ou diagnósticos.
Consulta por IA: especialista alerta para os riscos
De acordo com Ana Cristina Albricker, coordenadora e professora do curso de Medicina do Centro Universitário UniBH – integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima – é fundamental compreender que a IA não substitui a consulta médica. “A inteligência artificial veio para facilitar muitos processos e chegou para ficar, mas o risco surge quando ela passa a substituir o atendimento profissional. Uma escola de medicina existe justamente para formar médicos preparados para lidar com o ser humano em sua integralidade”, afirma.
IA e medicina: nada substitui a presença do profissional
A médica explica ainda que o contato presencial continua sendo o ponto mais importante de qualquer diagnóstico. “Nada substitui a presença do profissional, a conversa, a identificação da história e das queixas do paciente, além do exame físico. Esses elementos são indispensáveis para uma avaliação segura”, pontua.
Cautela na confiança
Entre os riscos mais comuns do uso da IA como ferramenta diagnóstica, Ana Cristina destaca o erro terapêutico e o agravamento de quadros clínicos. “O paciente jamais deve confiar em diagnósticos ou receitas prescritas por qualquer IA. Medicamentos e prescrições são individualizados e só o médico responsável é capaz de definir o tratamento adequado, levando em conta as especificidades de cada pessoa”, alerta.
Ela também lembra que as plataformas podem sofrer com falhas e ‘alucinações’, quando o sistema cria informações falsas com aparência de verdade. “Se o paciente seguir orientações de uma IA sem validação médica, há grande risco de seu quadro clínico se agravar, especialmente quando o conteúdo vem de fontes sem credibilidade”, reforça.
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