Economia

Compras da Black Friday devem injetar mais de R$ 69 milhões em Maceió, diz Fecomércio

Segundo o Instituto Fecomércio AL, 49,24% dos consumidores acreditam nos descontos praticados e 87,01% pesquisam os preços antes da ação promocional

Por Assessoria 19/11/2025 16h04 - Atualizado em 19/11/2025 16h04
Compras da Black Friday devem injetar mais de R$ 69 milhões em Maceió, diz Fecomércio
as promessas de preços baixos devem atrair 65,03% dos consumidores - Foto: Assessoria

Mesmo que algumas empresas promovam versões antecipadas da Black Friday, o grande dia da ação promocional fica mesmo para a última sexta-feira do mês de novembro, dia 28 de novembro. E a expectativa é grande, já que as promessas de preços baixos devem atrair 65,03% dos consumidores e agitar as vendas, fazendo com que R$ 69,49 milhões circulem na economia de Maceió, segundo a Pesquisa de Intenção de Compras para a Black Friday realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas (Fecomércio AL), por meio do Instituto Fecomércio AL.

Para o presidente da entidade, Adeildo Sotero, essa expectativa de consumo, além de demonstrar que a data já se incorporou no calendário do comércio, reforça a atenção que os empresários devem ter, já que o sucesso nas vendas dependerá da capacidade das empresas oferecerem diferenciais competitivos. “Os clientes estão cada vez mais informados e em busca de promoções autênticas, atendimento rápido e experiência de compra positiva. Investir em comunicação assertiva, integrar lojas físicas e ferramentas digitais e alinhar estoques e logística podem fazer a diferença na hora de garantir bons resultados”, avalia.

Essa autenticidade mencionada pelo presidente é reforçada pelo levantamento: 87,01% dos consumidores pesquisam os preços dos produtos no período antecedente à ação promocional. Além disso, 49,24% acreditam nos descontos praticados na Black Friday, enquanto 19,94% acreditam de forma parcial, ou seja, acham que algumas empresas dão descontos reais, outras não.

Preferências dos consumidores


Segundo a pesquisa, os produtos que devem despertar o interesse dos consumidores são vestuários (39,03%), eletrônicos (20,09%), eletrodomésticos (15,01%), acessórios de beleza e/ou cosméticos (11,55%), brinquedos (9,47%), utensílios domésticos (3,23%) e livros (2,38%).

Seguindo a tendência dos anos anteriores, até mesmo pelo perfil da data, a maioria (57,04%) tem a intenção de adquirir produtos para si mesmo, mas há que deva presentear filhos (19,95%) e cônjuge (12,44%). Percentuais menores incluem afilhados (4,23%), netos (3,52%), amigos (1,17%), namorado(a) (0,94%) e pais (0,70%).

Em relação aos valores investidos, 26,28% dos consumidores devem gastar mais de R$ 1 mil; 16,01% entre R$ 101 e R$ 200; 14,20% entre R$ 401 e R$ 500; entre outras faixas. O cartão de crédito será o meio mais utilizado, sendo 39,36% parcelado, 12,22% no débito e 7,82% no rotativo. Outras opções são Pix (33,99%) e dinheiro (6,36%).

O Centro lidera a preferência com 41,07%, seguido pelos shoppings (24,55%), mas há quem prefira as compras virtuais (32,37%), as lojas de rua/bairro/galerias (1,34%) e as feirinhas (0,45%). Para os consumidores, atrativos como promoções (31,45%), qualidade dos produtos (33,09%) e preço (25,82%) os conduzem à loja.

Panorama econômico


O tíquete médio estimado é de R$ 415,71, valor 12,47% inferior ao registado em 2024 (R$ 474,92), ano em que a Black Friday movimentou em torno de R$ 76 milhões. Comparando-se este valor com o desempenho projetado para próxima sexta-feira, há uma queda de 8,45%.

Na série histórica, ainda que tenha ficado abaixo do valor registrado no ano passado – melhor resultado desde quando a pesquisa se iniciou, em 2019 – o montante de 2025 (R$ 69,49) permanece superior aos níveis pré-pandemia e representa um aumento acumulado de aproximadamente 285% no período, consolidando a Black Friday como uma das datas mais relevantes para o varejo de Maceió. “A leve retração em relação a 2024 indica um ajuste natural após um ano excepcionalmente forte, mas não compromete a tendência geral de expansão observada ao longo da série histórica”, explica o assessor econômico do Instituto Fecomércio, Lucas Sorgato.

Confira a pesquisa completa AQUI.