Justiça determina nova prisão de influenciador condenado por estupro em Maceió
Decisão revoga medidas cautelares, encerra recursos no TJ-AL e impõe cumprimento imediato de mandado de prisão preventiva
A Justiça de Alagoas determinou o retorno à prisão do influenciador digital Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, condenado por estupro. A decisão revoga as medidas cautelares que permitiam ao réu responder ao processo em liberdade e restabelece a prisão preventiva.
O mandado foi expedido nesta quinta-feira (18), por determinação do desembargador João Luiz Azevedo Lessa, da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). No despacho, o magistrado fundamenta a medida nos artigos 282, 312 e 313 do Código de Processo Penal, afastando inclusive o uso de monitoramento eletrônico anteriormente imposto.
A nova ordem de prisão ocorre após o julgamento dos embargos de declaração apresentados pela defesa, analisados pela Câmara Criminal na última quarta-feira (17). Com o resultado, não há mais recursos pendentes no âmbito do TJ-AL.
O influenciador havia sido preso preventivamente e permaneceu detido por cerca de sete meses, sendo colocado em liberdade em agosto deste ano. Agora, com a revogação das cautelares, ele deverá se apresentar à Justiça na sexta-feira (19) para cumprimento da decisão.
Condenação por estupro
A condenação está relacionada a uma denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL), referente a um crime ocorrido em 16 de junho de 2024, em uma pousada no bairro de Cruz das Almas, em Maceió. Conforme a acusação, a vítima conheceu o influenciador por meio de um grupo de WhatsApp voltado a jogos de azar on-line, administrado por ele.
Segundo o MP-AL, após interações privadas e transferências em dinheiro realizadas pelo acusado, foi marcado um encontro presencial. Durante esse encontro, a mulher relatou ter sido submetida a atos sexuais sem consentimento, com emprego de força, resultando em dores e lesões.
Em abril deste ano, Kel Ferreti foi condenado a 10 anos de prisão, além do pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil à vítima, por danos psicológicos. À época, o juiz Josemir Pereira, da 4ª Vara Criminal, destacou que laudos periciais, imagens e registros de conversas corroboraram o relato apresentado na denúncia.
Outras investigações
Além da condenação por estupro, o influenciador também é alvo de investigações por suposta liderança de uma organização criminosa envolvida em fraudes estruturadas, exploração ilegal de jogos de azar on-line, lavagem de dinheiro e manipulação de rifas. Em junho de 2025, o Ministério Público pediu a condenação pelos crimes investigados, com pena solicitada superior a 77 anos de prisão.
As apurações tiveram início a partir da divulgação do cassino virtual conhecido como “Fortune Tiger”, popularmente chamado de “jogo do tigrinho”, amplamente promovido por influenciadores digitais nas redes sociais.
Apesar das investigações, a Justiça autorizou, em novembro, que o réu voltasse a divulgar casas de apostas e rifas, desde que as empresas sejam legalizadas. A autorização, no entanto, ficou condicionada à apresentação prévia de contratos de publicidade nos autos, para verificação da regularidade das atividades.
Defesa contesta decisão
Em nota, a defesa de Kel Ferreti afirmou discordar da decretação da prisão preventiva, classificando a medida como ilegal e violadora do devido processo legal. Os advogados sustentam que a decisão foi tomada de forma individual, mesmo com a matéria já submetida à análise colegiada da Câmara Criminal.
A defesa também nega qualquer descumprimento deliberado de medidas cautelares e alega falhas recorrentes no monitoramento eletrônico, supostamente comunicadas aos órgãos responsáveis. Por fim, informou que adotará todas as medidas jurídicas cabíveis nas instâncias superiores para tentar reverter a decisão.
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