Lei Seca identifica mais de oito mil condutores em situações de alcoolemia
Avanços importantes garantiram mais ações em todo o Estado, com mais agilidade e comprometimento
“Quando paramos você, mais vidas seguem em frente”. É com este lema, que a Operação Lei Seca completa seis anos de atuação em Alagoas, nesta terça-feira (19), com avanços significativos para a segurança do Estado. Desde 2012, quando foi implantada, a Lei Seca já realizou 1.651 ações, abordou mais de cem mil veículos e identificou 8.206 situações de alcoolemia ao todo, entre recusas ao teste do bafômetro, medidas administrativas e flagrantes.
A operação que faz parte do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL), e conta com 46 agentes, entre servidores do órgão e militares, é considerada entre os alagoanos como uma ação necessária para a prevenção de acidentes.
“A lei seca é sempre muito importante, porque ela educa as pessoas, previne acidentes, nós sabemos que a fiscalização existe para retirar de circulação aqueles condutores que insistem em beber e logo após dirigir, arriscando a vida de muitos” enfatizou o assistente administrativo, Edmilson de Almeida.
O coordenador da operação em Alagoas, tenente Emanuel Costa, ressalta que o número de mortos em acidentes de trânsito desde o início das operações em Maceió sofreu uma queda significativa.
A operação também está sendo marcada pelo uso de uma lombada portátil, que é utilizada para alertar os condutores que serão abordados na blitz. “Utilizamos esse redutor de velocidade, justamente para proporcionar mais visibilidade e também mais segurança para nós agentes de trânsito”, destacou o tenente.
Educação
O Detran de Alagoas também tem realizado paralelamente inúmeras campanhas educativas para conscientizar a população dos perigos que envolvem o álcool e direção através de palestras em universidades, escolas e empresas públicas e privadas.
A equipe da Lei Seca também promoveu durante os últimos anos ações do projeto “Amigo da vez”, que já percorreu diversos bares da capital e do interior com objetivo de identificar de forma lúdica, aquele que na ocasião não ingeriu bebida alcoólica e ficou responsável por levar os demais do seu grupo em segurança para casa.
“Em 2011 o Instituto Médico Legal registrou 275 mortes por acidente, em 2017, foram registrados 70. Comemoramos esse resultado, mas com o sentimento de que ainda podemos fazer mais, para que essa estatística chegue à zero. O nosso trabalho é proteger a sociedade de condutores irresponsáveis que misturam álcool e direção, e devemos conscientizar a todos que a vida vale muito mais”, enfatizou Costa.
A descentralização da operação para abranger todo o Estado também foi uma conquista importante para o fortalecimento da Lei Seca. Desde 2015, a operação passou a percorrer lugares como: Boca da Mata, Delmiro Gouveia, Piranhas, Santana do Ipanema, Anadia, Teotônio Vilela, Palmeira dos Índios, Arapiraca Maribondo, São Miguel dos Campos, Campo Alegre, Maragogi, São Luís do Quitunde, São Miguel dos Milagres, Coruripe, Penedo, entre outros.
Tecnologia
O investimento em novas tecnologias que proporcionem mais segurança para a população é um dos principais propósitos da atual gestão do Detran/AL, deste modo, a operação Lei Seca passou a contar em suas ações com o novo etilômetro que oferece mais conforto e segurança para a sociedade. A tecnologia avançada garante mais agilidade na abordagem, onde com um sopro do condutor numa distância de 10 à 15 cm, o bafômetro consegue detectar se ocorreu a ingestão de bebida alcoólica ou não.
A mudança de comportamento faz parte da educação e a decisão de nunca dirigir depois de beber vai além do dever dos bons cidadãos. É uma atitude de amor à vida.
Lei mais rígida
Neste sexto ano de Lei Seca, a Lei n° 13.546/2017, que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), passou a valer em todo o Brasil, tornando a operação mais rígida.
De acordo com o CTB, o condutor que cometer homicídio ou provocar uma lesão grave ou gravíssima enquanto estiver dirigindo sob o efeito de álcool ou de outra substância psicoativa pode ir preso e cumprir pena de cinco a oito anos de reclusão, além da suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo.
Para quem não comete nenhum crime de lesão à vida no trânsito e o teor de álcool indicado no bafômetro ficar entre 0,05 mg/l e 0,33 mg/l, o motorista vai responder administrativamente. Se for maior do que 0,34 mg/l, ele deve ser levado imediatamente a uma delegacia e vai responder também por crime de trânsito, cuja pena é de seis meses a três anos. E ainda há a possibilidade de recusa ao teste do bafômetro.
Em todos os casos citados, os motoristas terão que pagar a multa de R$ 2.934,70. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) será recolhida e outro condutor habilitado terá que retirar o carro do local.