Preço do gás de cozinha varia até 60% na região Norte; em Jundiá custa R$ 45,00
Porto de Pedras registra o maior preço de todo a região
O preço do gás de cozinha (GLP) está variando bastante na região Norte de Alagoas e a diferença pode chegar até 60% entre municípios. As pequenas cidades de Jundiá e Campestre são as que oferecem os melhores preços para os consumidores, quando um botijão custa R$ 45,00. Por outro lado, o mesmo produto custa até R$ 80,00 em Porto de Pedras.
Jundiá e Campestre são duas cidades pequenas onde a renda das pessoas depende basicamente do serviço público (principalmente prefeitura). Campestre é o menor município do Estado em termos territoriais e com uma população de apenas 6.918 pessoas segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Jundiá possui características semelhantes e conta com uma população de 4.175 pessoas. O preço do gás GLP nas duas cidades custa R$ 45,00 a vista e R$ 50,00 no cartão.
Os moradores da litorânea Porto de Pedras somam 7.873 pessoas e elas vivem basicamente de renda do governo (principalmente), pesca e turismo. O preço do botijão custa 65,00 a vista (44% mais caro) e R$ 80,00 no cartão e fiado. (60% mais caro). Os preços na cidade são adotados praticamente por todos os revendedores.
O designer gráfico Doglidárlisson Nascimento vive em Porto de Pedras e acha um abuso por parte dos revendedores. “É um absurdo para o povo de Porto de Pedras ter que pagar tanto, sendo que é uma cidade pequena com poucas ofertas de emprego”, frisou.
Os moradores da região Norte também reclamam dos valores “arrumados” pelos revendedores, como são os casos de Maragogi, Japaratinga e São Luís do Quitunde, onde praticamente há um mesmo preço: R$ 65,00 a vista e R$ 70,00 no cartão. Mesmo assim representa 44% mais caro (a vista) que Jundiá e Campestre e 40% no cartão. Em Japaratinga há revendedores que vendem no cartão ao preço de R$ 75,00 no cartão (50% mais caro) e a vista R$ 65,00 (44,4% mais caro).
Os consumidores dessas cidades reclamam que os revendedores impõem o mesmo preço no produto para que a pessoa não tenha escolha e seja obrigado a comprar pelo valor imposto e não ter alternativas de preços. Matriz de Camaragibe apresenta a média de preço de R$ 60,00 a vista e R$ 65,00 cartão (R$ 44,4% e 34% mais caro que Jundiá). Colônia Leopoldina apresenta os mesmos números de Matriz de Camaragibe.
Porto Calvo é outra cidade que o consumidor também paga caro preço do gás de cozinha: Os preços a vista nos depósitos custa R$ 65,00 e no cartão R$ 70,00 e R$ 75,00. Passo de Camaragibe custa em média R$ 70,00 a vista e R$ 75,00 no cartão e São Miguel dos Milagres apresenta os mesmos preços. A pequena Jacuípe também é mais caro em relação a Jundiá R$ 60,00 a vista e R$ 70,00 no cartão. Novo Lino os preços são 60,00 a vista e R$ 65,00 cartão.
Confira a tabela de variação dos preços em comparação com Jundiá e Campestre
CIDADE |
PREÇO A VISTA |
PREÇO CARTÃO |
VARIAÇÃO A VISTA |
VARIAÇÃO CARTÃO |
Jundiá/Campestre |
45,00 |
50,00 |
|
|
Porto de Pedras |
65,00 |
80,00 |
44,4% |
60% |
Passo de Camaragibe |
70,00 |
75,00 |
55,55% |
40% |
São Miguel dos Milagres |
70,00 |
75,00 |
55,55% |
40% |
Japaratinga |
65,00 |
70,00 |
44,4% |
40% |
Maragogi |
65,00 |
70,00 |
44,4% |
40% |
Porto Calvo |
65,00 |
70,00 |
44,4% |
40% |
Matriz de Camaragibe |
60,00 |
65,00 |
33% |
30% |
São Luís do Quitunde |
65,00 |
70,00 |
44,4% |
40% |
Jacuípe |
60,00 |
70,00 |
33% |
40% |
Novo Lino |
60,00 |
65,00 |
33% |
30% |
Colônia Leopoldina |
60,00 |
65,00 |
33% |
30% |