'Ele queria matar mais. Pelo menos 50', diz 3º suspeito do massacre
Jovem disse Guilherme Taucci Monteiro praticava bullying na escola
O adolescente de 17 anos, apreendido nesta sexta-feira (15) pela Polícia Civil, por suspeita de participar do planejamento do massacre na Escola Professor Raul Brasil, em Suzano, havia concedido uma entrevista exclusiva ao programa Balanço Geral, da Record TV, na última quinta-feira (14).
No entanto, o jovem não revelou na gravação o envolvimento com os assassinos nem na elaboração do plano criminoso e se apresentou apenas como uma testemunha da tragédia.
"A gente gostava bastante de videogame, bastante de armas. A gente sempre gostou bastante de armas. Basicamente isso. Ele era quieto, mas era querido. Ele não sofria bullying. Ele era o cara que fazia bullying", revelou o adolescente com exclusividade ao apresentador Matheus Furlan.
O jovem disse ainda que a intenção dos assassinos era matar ainda mais pessoas. "Tudo o que ele fez, estava planejando. Pela munição que levou, ele queria matar mais pessoas. Pelo menos 50 mortos", revelou.
Irmã poupada por assassinos
A irmã do adolescente que ajudou no planejamento do ataque teria sido poupada por um dos assassinos durante a invasão à escola Raul Brasil, na última quarta. "Eu acho, inclusive, que ele deixou ela [irmã] sair. [Meus pais] Choraram bastante."
Inspiração em Columbine
O rapaz também diz acreditar que Guilherme pode ter se inspirado no massacre de Columbine, nos Estados Unidos, ocorrido em 1999, quando dois atiradores mataram 13 e depois tiraram a própria vida.
"Ele gostava bastante de um caso nos Estados Unidos, da escola Columbine, que jovens entraram lá e mataram muita gente. Ele falava: 'Se eu entrava naquela escola, eu fazia isso, isso e isso'".
Insensibilidade
O adolescente demonstrou indiferença em relação ao sofrimento dos jovens devido ao brutal ataque praticado por Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro, que matou dez pessoas e deixou outros 11 feridos.
"[Estudantes] Provavelmente bem tristes, né. Chorando, desmaiando, não sei qual é o sentimento, essa angústia", disse o menino na entrevista. Perguntado pelo repórter da Record TV se sentia alguma revolta, o jovem foi categórico: "Não".
Depoimento
O jovem chegou ao fórum de Suzano por volta das 11h desta sexta-feira, acompanhado da mãe e de um delegado da Polícia Civil para ser ouvido por representantes do Ministério Público do Estado.
Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do adolescente, após determinação da Justiça. A partir do depoimento concedido ao MP, será decidido se haverá internação. Em virtude das determinações do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o processo tramita em segredo de Justiça.
Troca de mensagens com assassino
Funcionários do estacionamento no qual os assassinos deixavam o carro alugado para a ação — e onde planejavam o crime — contaram em depoimento à polícia que viram três pessoas.
O jovem se comunicava com Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, por mensagens no WhatsApp. Na conversa, ambos falaram sobre treinamento em um estande de tiros.
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