Justiça

Celular de Bolsonaro também foi alvo do grupo de hackers presos pela PF

Operação Spoofing prendeu 4 pessoas na última terça (23) acusadas de invadir o celular do ministro Sérgio Moro e outras autoridades

Por G1 25/07/2019 09h09
Celular de Bolsonaro também foi alvo do grupo de hackers presos pela PF
Celular de Bolsonaro também foi alvo do grupo de hackers presos pela PF - Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) informou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que celulares utilizados pelo presidente Jair Bolsonaro também foram alvos de ataque do grupo de hackers preso na última terça-feira (23) em operação da PF.

A operação Spoofing, autorizada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, investiga invasão do celular do ministro Sérgio Moro, de um desembargador, um juiz federal e dois delegados da Polícia Federal. A operação foi deflagrada nesta terça-feira (23) nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto.

Por meio de nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que Bolsonaro foi devidamente comunicado sobre o fato por uma questão de segurança nacional.

A Polícia Federal prendeu na terça-feira quatro pessoas, na Operação Spoofing, por suspeita de invasão no celulares de autoridades, entre as quais, o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Foram presos:

Gustavo Henrique Elias Santos: era DJ e já foi preso por receptação e falsificação de documentos; foi detido pela PF em São Paulo

Suelen Priscila de Oliveira: mulher de Gustavo, não tinha passagem pela polícia; foi presa junto com o marido em São Paulo

Walter Delgatti Neto: conhecido como Vermelho, já foi preso por falsidade ideológica e por tráfico de drogas; foi preso em Ribeirão Preto pela PF

Danilo Cristiano Marques: foi preso em Araraquara e já teve condenação por roubo

A PF estima que cerca de 1 mil pessoas foram alvo dos supostos hackers. De acordo com a polícia, foi encontrado com um dos detidos uma conta do ministro da Economia, Paulo Guedes, no aplicativo de mensagens Telegram.

Os suspeitos prestaram depoimento à Polícia Federal e estão presos em Brasília. O advogado Ariovaldo Moreira, que representa o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, disse que o cliente relatou à PF que que Vermelho desejava vender ao PT as mensagens que obteve de autoridades.

Após a divulgação das declarações do advogado, o PT emitiu nota na qual afirma que o inquérito que apura a atuação de supostos hackers para invadir o celular do ministro Sérgio Moro (Justiça) se tornou uma "armação" contra o partido.