Bolsonaro rebate Macron e muda discurso contra ONGs
Discurso foi feito durante uma live na internet
O presidente Jair Bolsonaro rebateu as críticas do presidente francês, Emmanuel Macron, em uma live pelas redes sociais. Nesta quinta-feira (22), o presidente francês convocou pelo Twitter os participantes da próxima reunião do G-7, grupo de países mais ricos do mundo, a debater o que chamou de “crise internacional” das queimadas na Amazônia.
“Um país agora, sem dizer o nome aqui, falou da ‘nossa Amazônia’. (O país) teve a desfaçatez de dizer ‘a nossa Amazônia’. (O país) está interessado em um dia ter um espaço aqui na região amazônica para ele”, rebateu Bolsonaro.
Bolsonaro usou ainda sua conta no Twitter para criticar o presidente francês. Ele escreveu:
— Lamento que o presidente Macron busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos p/ ganhos políticos pessoais. O tom sensacionalista com que se refere à Amazônia (apelando até p/ fotos falsas) não contribui em nada para a solução do problema.
E continou:
— O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI.
O presidente também mudou o tom, afirmando que as queimadas são prejudiciais a todos e sobre o possível envolvimento de fazendeiros.
Depois de levantar suspeitas contra ONGs, Bolsonaro deu mais ênfase à possibilidade de envolvimento de fazendeiros nos incêndios.
“Ajudem-nos a combater isso daí, tá certo? Você que é da região, você que é fazendeiro, há suspeita que tem produtor rural que tá, agora, aproveitando e tacando fogo geral aí. Porque as consequências vêm para todo mundo”, disse o presidente.
“Que vocês querem ampliar a área de produção, tudo bem. Agora, não é dessa forma que a gente vai conseguir atingir o nosso objetivo”, acrescentou.