Roberto Leal, que se tratava de câncer de pele no Brasil, morre aos 67 anos
Cantor português estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro
O cantor Roberto Leal morreu este domingo no Brasil. O artista de 67 anos estava internado desde o dia 11. Sofria de câncer de pele, mas as causas da morte ainda não são conhecidas. A notícia foi avançada nas redes sociais por José Cesário, ex-secretário de Estado das Comunidades de Portugal.
"Queria dizer que se trata de uma perda profunda para a comunidade portuguesa, para a que vive no Brasil e mais especificamente em São Paulo", disse José Luís Carneiro, atual secretário de Estado das Comunidades, adiantando que Roberto Leal era um símbolo da simbiose entre a música tradicional e popular portuguesas e as várias manifestações culturais existentes no Brasil.
O luso -brasileiro estava internando desde a madrugada do dia 11 na unidade semi-intensiva do hospital Samaritano em São Paulo. Segundo o site AreaVip, Leal deu entrada no hospital após ter sofrido uma queda, não tendo posteriormente a esse acidente repousado. Sofria de câncer, tinha perdido a visão de um olho e morreu este domingo. As causas da morte ainda não foram reveladas.
Conhecido como Roberto Leal, António Joaquim Fernandes foi um popular cantor. Era natural do concelho de Macedo de Cavaleiros, onde nasceu em 27 de novembro de 1951. Emigrou para o Brasil com a família quanto tinha onze anos, em 1962. No país sul-americano, trabalhou como sapateiro e vendedor de doces até que decidiu enveredar por uma carreira na música. Começou no fado e depois conquistou a fama como cantor romântico.
Foi na década de 1970 que atingiu o sucesso. Canções como "Arrebita" ou "Dá cá um beijo" conquistou o Brasil e Portugal, Leal passou a ser um dos maiores embaixadores da cultura portuguesa no Brasil. Ao longo de 50 anos de carreira, aquele que era chamado o "artista mais português do Brasil" ainda fez cinema, televisão e mesmo política. Nas últimas eleições brasileiras foi candidato ao cargo de deputado estadual por São Paulo. Com pouco mais de oito mil votos, não conseguiu ser eleito.
Em setembro do ano passado, Leal disse que tinha um sonho e por isso se lançou na política. "O sonho de poder fazer algo pelas pessoas que possa tornar a vida delas um pouco melhor. Há muito o que se fazer em todas as áreas, pois o Brasil tem muitas carências, a saúde será uma das minhas prioridades, destinando todas as verbas que vierem à minha mão aos hospitais necessitados. Após um ano de tratamento médico, senti na pele a vital importância de se ter hospitais bons e bem equipados", contou.
Foi candidato pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e para a a presidência do Brasil apoiava o candidato Geraldo Alckmin, do PSDB.