Operários martelaram colunas pouco antes de prédio desabar
Cinco pessoas aparecem envolvidas na ação em vídeo do circuito de câmeras de segurança do Edifício Andréa

Vídeo do circuito de câmeras de segurança do Edifício Andréa, em Fortaleza, mostra operários usando marretas para quebrar colunas próximas à entrada do prédio às 10h08min, cerca de 20 minutos antes do desabamento. Cinco pessoas aparecem na gravação, entra elas o engenheiro José Andreson Gonzaga dos Santos e a síndica Maria das Graças Rodrigues, de 53 anos, uma das desaparecidas. Santos e outros operários escaparam com vida.
As imagens mostram pedaços de concreto se soltando dois minutos antes da tragédia, que aconteceu na manhã terça-feira, 15, e deixou, até o momento, sete mortos e dois desaparecidos. O prédio de sete andares, localizado no Dionísio Torres, bairro nobre da capital cearense, ruiu exatamente às 10h29min e cinco segundos.
Um dia antes de desabar, o Edifício Andréa entrou em reforma, conforme Anotação de Responsabilidade Técnica emitida pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (CREA-CE). Orçada em R$ 22 mil, a obra previa recuperação de pilares e vigas e pintura do prédio.
A reforma era realizada pela Alpha Engenharia, empresa ligada a Santos. Em depoimento à Polícia Civil, divulgado pelo Sistema Verdes Mares, o proprietário afirmou que obras começaram apenas no dia 15, data do acidente. Questionada pelo Estado, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) do Ceará afirmou que não divulgaria informações sobre a investigação.
Moradores relatam que prédio apresentava situação precária há anos. Em entrevista ao Estado, o motorista de aplicativo Leandro Carvalho, filho de Cleide Maria da Cruz, uma das vítimas da tragédia, relatou que frequentava o prédio e percebia as falhas estruturais há pelo menos 14 anos. Janelas tortas e portas que deixavam de fechar devido ao desnível no chão eram alguns indícios do colapso da estrutura, segundo ele.
O Estado tentou contato com a Alpha Engenharia, mas as ligações não foram atendidas. O CREA-CE informou ter feito uma notificação extra-judicial para que a empresa participasse de uma comissão técnica para apurar o acontecido, mas que também não obteve retorno.
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