Crise do turismo com coronavírus faz Marx Beltrão reivindicar ação de Bolsonaro
Deputado é o coordenador da bancada alagoana no Congresso Nacional
Salvar vidas e proteger a população diante da ameaça do coronavírus é fundamental. Contudo, os impactos negativos na economia mundial também precisam ser combatidos. E o setor do turismo é um dos que mais vem sentido os efeitos perversos da pandemia que aterroriza o Brasil e o mundo. Ex-ministro do Turismo, o coordenador da bancada alagoana no Congresso Nacional, deputado federal Marx Beltrão (PSD), fez um apelo ao presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (26). A reivindicação de Marx é por medidas econômicas que salvaguardem o segmento turístico nacional, extremamente abalado com as conseqüências danosas do Covid-19.
Contatado por diversas entidades do setor, Marx Beltrão encaminhou os pleitos do trade para a Presidência da República e cobrou publicamente providências do Executivo federal e da equipe econômica do governo. “Recebi uma carta das principais entidades da atividade turística no país, um setor que envolve 52 segmentos e mais de 8% do PIB, um apelo gigante: as medidas encaminhadas até agora pelo governo não asseguram a manutenção dos empregos e dos negócios. É um pedido de socorro de um setor que parou completamente. Assinei a carta e encaminhei essas demandas ao presidente da República. É urgente um plano que esteja à altura da crise também focado no turismo” disse o parlamentar.
O documento encaminhado ao presidente Bolsonaro por Marx Beltrão é assinado por entidades de renome como a Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (ADIBRA), a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), a Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), a Resorts Brasil (Associação Brasileira de Resorts), o Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (SINDEPAT) e a União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos (UNEDESTINOS).
No texto, as entidades afirmam que “as Medidas Provisórias anunciadas até o momento pelo governo federal brasileiro, sobretudo as trabalhistas, não representam nenhuma solução para o setor. Diferentemente de outros setores econômicos, onde há queda na produção, o turismo parou. De que adianta diminuir jornadas de trabalho ou salários, ou autorizar o teletrabalho se parques e hotéis já estão fechados? Não havendo deslocamento de pessoas, não há prestação de serviços e não há produção. Turismo não se estoca. Comunidades e destinos inteiros podem sofrer com o desemprego" pontua a carta.
O texto ainda afirma que a luta do segmento é “é para manter mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. Se países como França, Espanha, Portugal, Itália, Estados Unidos, Argentina, Uruguai adotaram medidas imediatas para manter empregos e salvar a economia do turismo, o Brasil deve fazer o mesmo. Se não o fizer, a recessão levará ao caos completo com desemprego e violência, nada menos de 4 milhões de pessoas impactadas (mais da metade da população do Rio de Janeiro ou 1/3 da população de toda a cidade de São Paulo). Um desastre total para a recuperação não só da economia, mas da imagem de nosso destino Brasil. Essa luta não é só nossa, é de todo o país”.
Na Câmara dos Deputados, Marx Beltrão atua como vice-presidente nacional da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo (Frentur). Mais de 200 parlamentares fazem parte da Frentur, que tem como prioridade aprovar projetos importantes para o setor e discutir as questões vitais para o turismo nacional. O deputado e ex-ministro alagoano tem atuação destacada em prol do segmento. Em setembro de 2019, Marx pediu urgência na tramitação de projetos vitais para este segmento econômico e paralisados no Congresso Nacional. A fala de Beltrão aconteceu durante a sessão solene em homenagem ao Dia Mundial do Turismo. Em outubro do mesmo ano, Beltrão fez um forte discurso na Câmara pleiteando a edição de uma Medida Provisória (MP) para promover avanços de projetos de lei modernizantes para o segmento turístico.