Secretários de Saúde projetam até 8 semanas de grave crise por pandemia
Presidente do Conass, Carlos Lula acredita em melhora de indicadores da Covid-19 apenas para o final de abril
Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e responsável pela pasta no Maranhão, Carlos Lula fez duras previsões para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 nas próximas semanas, em entrevista à CNN.
Segundo ele, os secretários de Saúde projetam que a crise aguda desencadeada pela alta incidência da doença no país deve se estender entre seis e oito semanas por todo o país, pressionando ainda mais os sistemas públicos e privados do país.
"A tendência é que isso permaneça, nada aponta que vá diminuir agora. Talvez em meados de maio, se a gente tiver vacinado a população acima de 60 anos até o final de abril, tenha uma redução para 15 a 20 mil mortos por mês. Antes disso é improvável uma diminuição", prevê.
O presidente do Conass disse que só vê sinal de uma possível melhora nos indicadores da pandemia se as pessoas respeitaram o isolamento social, ficarem em casa e, com isso, a curva de contágio diminuir.
"Já faltam respiradores, monitores, o Brasil já não tem mais bombas de infusão no mercado para vender. Vai faltar medicamento para intubar pacientes. Se não tiver um comitê diário de crise para monitorar isso e o ministério da Saúde tomar providências, as próximas semanas serão ainda mais duras", alerta.